Guillermo Lasso foi declarado o 2º candidato mais votado nas eleições de 7 de fevereiro no Equador e vai disputar a Presidência com Andrés Arauz. O 2º turno irá ocorrer em 11 de abril, segundo o anúncio oficial feito pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) nesse domingo (21.fev.2021).
Lasso é ex-banqueiro e se identifica como um político conservador. Ele faz parte do Movimento Creo, que defende ideias liberais conservadoras, e já se candidatou outras duas vezes à Presidência do Equador. Sempre ficou em 2º lugar nas eleições.
A ida de Lasso ao 2º turno de 2021 foi por uma pequena margem e continua sendo motivo de contestação de adversários políticos. Enquanto Arauz, aliado do ex-presidente Rafael Correa, teve 32,72% dos votos, Lasso teve 19,74% e o 3º candidato, Yaku Pérez, 19,39%. Segundo o CNE, a diferença entre o ex-banqueiro e o candidato indígena foi de apenas 32.600 votos.
Quando os resultados da apuração começaram a ser divulgados, Pérez afirmou que foi alvo de fraude nas eleições. Após o anúncio deste domingo (21.fev), ele afirmou à imprensa que irá “apresentar a impugnação a milhares de atas“.
Em seu perfil no Twitter, Pérez chamou os resultados de fraudulentos e afirmou que ele e seus apoiadores continuarão a lutar por transparência.
Após a denúncia do candidato, uma investigação foi aberta pelo Ministério Público do Equador. O procedimento, segundo nota do órgão nacional publicada em seu perfil no Twitter, “não interfere em nada com o processo eleitoral em andamento“.
Além das alegações de fraude, a disputa do 2º turno no Equador deve ser focada na política econômica. Enquanto Lasso é identificado como um banqueiro conservador, Arauz promete maiores investimentos sociais para apoiar a população após anos de medidas de austeridade e para recuperar a economia do país, que ainda sofre com os efeitos da pandemia de covid-19.
Fonte: Poder 360