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A Energia e as guerras – A humanidade se modernizou, se equipou, mas nem por isto evoluiu. Há muitos degraus a serem superados, eu creio que os mais importantes deles serão superados através do conhecimento verdadeiro, da paz e da sustentabilidade.
Nesta modernização algumas nações conseguiram se equipar tecnologicamente de forma fantástica, e infelizmente grande parte destas conquistas foram aplicadas em guerras, que é a atividade menos sustentável possível, onde recursos importantes são gastos para promover a destruição, e não para superar os atrasos. Guerras por conquistas territoriais, energéticas e estratégicas, foram os bastidores da história do século XX, e absurdamente hoje isto ainda é aplicado, pois gera lucro para um cartel setorizado capaz de pagar as aprovações dos legislativos das maiores potencias hegemônicas, para gastos imensos, no maior sistema de corrupção do planeta.
O que se gastou em guerras e matanças desde a I Guerra Mundial, soma mais de US$ 800 Trilhões, fora o que se aplicou em arsenais e armamentos a espera de um futuro conflito, mais o custeio de forças armadas caríssimas, o que foi gasto e empenhado, daria mais de US$ 1,4 Quatrilhões, e quem paga por isto somos todos nós, cidadãos deste planeta, assim como o meio ambiente exaurido em recursos que sofre destruição. Na sustentabilidade este tipo de desperdício energético e de recursos planetários para destruir deve ser execrado, e se não for, então não é sustentabilidade, ESG, siglas, Srs. marketeiros inventem o que quiserem, enquanto fizerem guerras serão simplesmente assassinos e destruidores da natureza.
Para ser sustentável a humanidade terá que mudar seus métodos, ser essencialmente da paz, do equilíbrio, e buscar a harmonização de todas as coisas, conseguindo conquistar competividade e eficiência de forma mais sabia, através de parcerias, inovações tecnológicas e sinergias, mas isto só será possível quando todos fizerem juntos, e esta não é bem a história que nos trouce até aqui…
Desde as Revoluções Industriais, e a necessidade de minérios e insumos energéticos, como carvão, e logo em seguida petróleo, a energia passou a ser um tema de grande importância para o sucesso nas concorrências por mercados, nem sempre resolvidos de forma diplomática, mas conflituosa e bélica, o que acabou ocorrendo em grande parte do Século XX até nossos dias, estamos em guerra por energia a mais de 107 anos, mesmo que hoje esta guerra passe a ser em parte ou totalmente hibrida…
Modus Operandi, Petrodólares, Industria Bélica, e o Consenso de Washington
Grandes conglomerados empresariais se utilizam dos arcabouços diplomáticos, monetários, e até bélicos, das nações nas quais instalaram suas matrizes, como nos EUA, UK e UE, para exercerem domínio, influenciando governos e organizações, como EUA, ONU e OTAN, uma história em parte já relatada em livros como “A Era da Incerteza” de John Kennety Galbraith.
Embora o Consenso de Washington, criado em 1989, seja sobre economia, ele exerce uma forte influência sobre todas as pautas jornalísticas, iniciando pela econômica, e a este tema vão se somando outros, e outros, e o imenso poder de comunicação da mídia, hoje tecnologicamente ampliado, alinha todos os demais.
Com o advento dos satélites, e toda a tecnologia que permite uma cobertura maciça em todo o planeta em tempo real, com matérias sendo lançadas a cada minuto, não existe tempo hábil para alguém refletir e contestar seja lá o que for, mesmo a internet, criada logo após o Consenso, apenas amplia e reverbera…
Neste processo de comunicação massificante, temas mais significativos acabam sendo dispersos entre outros de importância relativamente menor, e que na velocidade passam a assumir maior importância através do proposital volume massificante, com novos eventos a cada minuto, enquanto o evento significativo ficou lá atras, foi disperso, diluído…
Apenas como exemplo hipotético: O evento principal é o domínio da energia em território alheio, mas o confronto é exposto de forma veloz e multifacetada sob prismas culturais, ideológicos, religiosos, armas nucleares, armas químicas, terroristas…. São criados inúmeros eventos que o jornalismo cobre, com novas manchetes a cada minuto, quantos mais eventos forem criados, mais se dispersa, e aí o evento principal já foi dispersado…
O interesse dominante da banca, é se apoderar das reservas energéticas, e transacionar em petrodólares, (criados 2 décadas antes do Consenso), uma história que se repete nas ultimas 5 décadas.
Secundariamente, se houver a necessidade de uma invasão, haverá também a aprovação do aumento de gastos militares pelo congresso dos EUA, e o interessante aumento do faturamento das indústrias bélicas, e com muitos eventos sendo criados, um aumento significativo das coberturas jornalísticas planetariamente, uso de satélites, a teia jornalística se intensifica. Mesmo que Al Jazira, El Pais, BBC, e CNN noticiem de forma diferente umas das outras, as notícias minuto a minuto criam uma dispersão, e confundem visões e opiniões sobre os mesmos fatos, desfocando qualquer possibilidade de reflexão e visão próprias de cada ser, todos são enlatados no consenso único de interesse do poder.
Isto tem ocorrido, e em diferentes lugares do planeta, sobre diferentes motivos, não se assuste se um dia um dos países mais estáveis da América do Sul sofrer desestabilizações políticas, e no dia seguinte isto ocorrer na U.E. ou na Asia Central, enquanto isto outros conflitos serão dispersos, e novas “Primaveras” já estão sendo mercadologicamente planejadas.
E o Consenso de Washington o que tem a ver com isto? Relativamente muito pouco, mas foi usado, e também usou, aparentemente não está relacionado, mas pulou no trampolim, de uma forma que mesmo que os eventos não se relacionem as regras dele, a nuvem de fumaça criada pela constante edição e reverberação faça desparecer o mais que puder qualquer possibilidade de visão crítica, que possam rebobinar o novelo até chegar novamente nos reais motivos e nas regras do Consenso.
Apenas quem conseguir perceber este fenômeno através de uma dissecação Gestáltica das inúmeras janelas de comunicações abertas umas depois das outras, vai conseguir parar interiormente e refletir a tal ponto que encontre os reais motivos.
E quais são os reais motivos?
Controle de todas as reservas energéticas estratégicas de grande liquidez.
Controle da economia de todas as nações em orbita de uma única matriz hegemônica.
Descontrole de todas as comunicações jornalísticas, mesmo que grupos de mídia prosperem e lucrem, descontrole das opiniões, matérias minuto à minuto reverberadas, abertura de janelas em sequência, de tal forma que os dois motivos/controles supracitados sejam dispersados até ao ponto de quase desaparecerem, e ai desaparecem.
Iraque, Bustani, OPAQ, Busch e o Commonwealth britânico
Embora a disputa central nas ultimas 11 décadas tenha ocorrido em grande parte em torno do domínio sobre as reservas energéticas e minerais disponíveis no território dos outros, não é assim que as histórias tem sido contadas.
No Iraque, foram gastos em mais de uma década algo em torno de US$ 25 Trilhões no conflito e na manutenção de tropas, gerando um faturamento importantíssimo para as indústrias bélicas dos países envolvidos, com ênfase para as indústrias bélicas estadunidense e britânica, além disto, o próprio custeio das forças armadas dos países que se envolveram no Iraque, proporcionalmente as suas participações no evento principal, geraram custos de enormes proporções.
E quem paga esta conta? Indiretamente todos nós, cidadãos deste planeta, nosso país possui reservas de centenas de bilhões de dólares aplicadas em títulos da dívida estadunidense, somos o quinto maior aplicador, que rendem quase nada por ano, pois é, uma parte das nossas reservas estão ajudando a custear estes eventos, assim como todos os países do mundo que tem reservas aplicadas na bolha dos EUA. A nossa prestimosa colaboração com os eventos de açambarcamento da banca, se computada, provavelmente somaria uma parcela negativa as causas sustentáveis tão importante quanto o desmatamento das florestas, que hoje políticos estadunidenses e europeus tanto alardeiam.
Um dos motivos que apoiaram a invasão do Iraque, foram os relatórios da OPAQ que apontavam que eles estariam desenvolvendo armas químicas, esta foi a gota d’agua para o prestimoso Congresso estadunidense aprovar os planos de Bush.
Porém, antes, tiveram que remover o diplomata brasileiro José Mauricio Bustani da direção da OPAQ, para que outro no lugar dele pudesse “editar” os relatórios favoravelmente aos propósitos de Bush.
A OPAQ, Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) (em inglês: Organization for the Prohibition of Chemical Weapons, OPCW) é uma organização internacional criada em 1997 pelos países que já participavam da Convenção de Armas Químicas.
José Mauricio Bustani dirigiu brilhantemente esta organização durante sua vigência, não permitindo que relatórios da OPAQ fossem utilizados para outros propósitos, senão a verdadeira informação.
Na destituição do Bustani, países pequenos, e que nunca antes tinham participado das reuniões e deliberações deste importante organismo, foram inscritos, e alguém pagou as despesas de translado e estadia desses países, que votaram junto com Busch e todo o commonwealth para a substituição da Direção da OPAQ.
A partir da nova direção, os relatórios da OPAQ apontavam que o Iraque estava desenvolvendo armamentos químicos. Com este pretexto, este país foi então invadido por ordem de Busch e do Congresso estadunidense, houve um rastro de destruição, mortes, derramamento de sangue, a vida de milhões de crianças e jovens iraquianos perdeu sentido, e lá no fim, constataram que o Iraque não estava desenvolvendo tais armamentos químicos.
Mosaddegh, Irã em 1953, e a criação da Petrobras também em 1953
A antiga Pérsia, sempre teve sua vida marcada por disputas territoriais, por estar no caminho da maior rota comercial entre Asia e Europa, a Rota da Seda.
O Irã, que foi parte da antiga Pérsia e do Império Otomano, permaneceu entre as disputas imperialistas de russos, britânicos, alemães e turcos. Após a revolução industrial, veio a I Guerra Mundial, com a queda do Império Otomano, então no tabuleiro dos espólios de guerra o Irã foi entregue aos britânicos, enquanto outros países ficaram com a França.
A partir de então o Irã assistiu a mudança do foco central das disputas de simples ocupação territorial em uma rota comercial logística para o domínio sobre as reservas petrolíferas em seu subsolo.
Desde a queda do Império Otomano até 1953, (*coincidentemente o ano da criação aqui da Petrobras), o Irã teve seu petróleo extraído por uma grande empresa britânica, a Anglo-Persian Oil Company, que sugava mais de 90% do faturamento gerado sobre o petroleo subtraido daquela nação, permitindo ao Irã acesso a menos de 10% dos recursos vindos do faturamento do óleo extraído de seu subsolo em prol de seu povo.
Houve um esforço do Irã na tentativa de renegociar condições melhores, menosprezado por seus exploradores, até que o povo iraniano elegeu o Primeiro Ministro Mosaddegh, que deu um basta naquela exploração, estatizando para seu povo as reservas e os meios de produção do petróleo iraniano.
A partir de então o Irã sofreu todos os tipos de sanções econômicas, retaliações políticas, diplomáticas e comerciais, impedindo-o de comercializar seu petróleo, e comprar e vender quaisquer produtos.
A União Soviética apoiou o Irã e começou a comprar seu petróleo para compensar o boicote decretado pelos países ocidentais. Em plena guerra fria, receber o apoio soviético era explorado na ideia do contra comunismo, onde as narrativas eram transpostas para as disputas ideológicas.
Em seguida, com a desculpa de estar o Irã sucumbindo ao comunismo, factoide alardeado pela imprensa global dominada pelos interesses de EUA e UK, estas duas nações hegemônicas promoveram um golpe de estado no Irã, colocando no governo alguém que revertesse esta situação, retomando aquela exploração sob a bandeira de uma grande transnacional, agora a “Anglo American Oil Company”, naqueles mesmos moldes de mais de 90% dos lucros para eles e o que sobrasse para o Irã.
O Shah Reza Pahlavi, uma figura elegante e glamorosa, foi amplamente usado pela imprensa para dar uma nova roupagem ao Irã, que aos olhos do público havia sido salvo do comunismo. O Irã foi socialmente “modernizado”, e todas essas ações foram marcadas e politizadas, embora o Irã continuasse a ser uma ditadura, com apoio ocidental, houve reforma agraria e a nação foi laicizada coercitivamente, e os aspectos de “modernidade” foram sendo enaltecidos naquele jogo de edição relativa.
Demorou, mas o Irã reagiu, e sob uma nova forma de governo, no final dos anos 70 pelos Aiatolás, ressurge um Irã mais fundamentalista e bem mais radical e nacionalista, mas que obteve novamente o domínio de suas reservas petrolíferas.
A partir de então, esta nação foi praticamente banida da comunidade internacional, e sofre perseguições políticas e comerciais até hoje, e, embora não passe nem perto de se tornar “comunista”, argumento anterior usado dentre muitos outros para interferirem na vida desta nação, tornou-se sim uma nação fundamentalista, isolada a força do convívio global, com material de sobra para as críticas ocidentais, as “edições” serão até mais fáceis de serem feitas e malhadas na mente coletiva, e serão sempre usadas contra sua soberania e a favor dos interesses que anteriormente escravizaram o Irã.
Para a mente coletiva globalizada e formatada, parece que o povo do Irã perdeu, agora vive sobre um regime exótico, e antes chegou a ser uma nação laica e “moderna”, embora escravizada.
Guerras e guerras hibridas…
Neste negócio de dominar as reservas petrolíferas dos outros, seja por qual método for, e com o pretexto da Guerra Fria, a indústria bélica cresceu muito, e a indústria das comunicações idem, e tudo isto passou a ser uma das principais pautas de exportações de países como EUA, UK, França, Israel, Rússia e mais atualmente a China, que hoje produzem juntos mais de 95% das armas de aniquilação de seres humanos em massa, e dominam juntos praticamente todas as redes de comunicações e os satélites que as servem, e que conjuntamente dão suporte para a internet e as redes globais, com grandes grupos que geram lucros exorbitantes.
A facilidade de criar novos eventos está cada vez sendo mais e mais acelerada, para que os produtos desenvolvidos pela indústria da guerra possam ser escoados, as comunicações globais e o convencimento pela “edição” assumam a cada dia o papel de agencia de propaganda e marketing.
Porém, cada vez mais o petróleo perde importância para novas conquistas tecnológicas, que dependem de minerais estratégicos, e já está ocorrendo uma migração dos interesses…
Brasil, 1953, criação da Petrobras, um marco da soberania nacional
Neste panorama global estabelecido, uma imensa nação desorganizada, que possua grandes ativos naturais e grandes potenciais energéticos e minerais, com uma magnitude muito maior e mais ampla do que apenas petróleo e gás, sem uma linha condutora, sem um projeto nacional que a direcione, não tendo conseguido aplicar todo este potencial em prol de seu próprio desenvolvimento, será um provável alvo dos interesses cada vez maiores destes poderes, que nem sempre estarão alinhados aos interesses nacionais, dependendo desses interesses, irão torna-la cada vez mais manipulável e submissa, enfraquecida na comunidade global liderada por estes interesses.
Será que é este o panorama que estamos vivendo? Observem e reflitam
E como nem tudo é petróleo, quando é o caso dessas reservas energéticas não serem de fácil transferência logística – non-tradable – então a competitividade que dela prover permanecerá no local, será que estes competidores ferrenhos que lançam mão de quaisquer tipos de estratagemas para dominar em nome da competitividade irão permitir a uma nação ainda subdesenvolvida romper em competitividade? Será que irão nos permitir reposicionar a escada e subir por ela? Ou o interesse deles será apenas nos manter como fornecedores de matérias primas?
Fica cada vez mais claro que o interesse é manter o Brasil engessado, “chutando a escada”, e se possível cada vez mais sem indústria, um grande mercado dependente, e um grande escravo que não se enxerga a si mesmo, o exportador útil de commodities.
Historicamente, as tentativas externas de influenciar os rumos energéticos do Brasil, e em consequência os rumos de toda a América do Sul, tem ocorrido claramente desde Getúlio Vargas e da campanha nacional “O Petróleo é Nosso”, que redundou na criação da Petrobras em 1953, (* no mesmo ano em que o Irã se rebelou e a atenção foi voltada para lá, então eles não tiveram animo para impedir surgir a Petrobras aqui, ou seria apenas uma coincidência?).
Foi quando aqueles que batalhavam pela não existência da Petrobras contaram claramente com o prestimoso apoio de parte da imprensa local, que pregava a dependência e o controle do nosso petróleo ao capital estrangeiro privado, em conjunto com uma orquestrada participação da importante comunidade técnica estadunidense – em alguns momentos os geólogos deles afirmaram taxativamente que aqui no Brasil não haveria uma gota de petróleo – uma hipótese falaciosa divulgada interna e externamente para enfraquecer os propósitos do Estado Brasileiro, e impedir a criação da Petrobras, embora depois alguns geólogos revessem esta posição, o conceito estava lançado, enfraquecendo sempre que possível a soberania nacional e em consequência de toda a América do Sul.
Uma parte da nossa imprensa agiu em nome da nossa soberania, e contestou as versões anti nacionais que tentavam sabotar a Petrobras, este foi o primeiro caso de aplicação de guerra hibrida com propósitos específicos e anti soberanos, é obvio que os geólogos estadunidenses ajudaram a causar confusão, sujeita as “edições” locais e externas.
Então é lógico que este é um tipo de modus operandi gerido conscientemente por uma parcela deles, e que recebe uma adesão em massa de outras parcelas, o que vem ocorrendo desde a primeira metade do Século XX, enfraquecendo nossa soberania, diminuindo nossos pontos fortes, e para isto mentiras serão contadas exaustivamente, até que “eles” consigam seus objetivos e cumpram seus propósitos, ou, nós sabendo disto reajamos, nos fortalecendo e nos munindo de informações verdadeiras, mudando estrategicamente este cenário, através do conhecimento de forma soberana, e da aplicação deste conhecimento dentro de um plano, um projeto nacional, que acolha e fortaleça os projetos de grandes empresas estatais energéticas, com o propósito de serviram a nação, e não aos propósitos da banca.
Na época do anuncio do pré sal, em 2008, um jornalista de uma importante emissora de TV comentou que o pré sal brasileiro poderia ser uma invenção, que não existiria, e que era uma mentira para enganar os brasileiros, olha ai mais uma tentativa que caiu por terra, mas que muita gente acreditou. O pré sal, bem ou mal explorado por nós, está aí, e provavelmente era de conhecimento de muitos, décadas antes do anuncio de sua exploração pela Petrobrás.
O pré-sal no Atlântico engloba uma continuidade que vem do México a Patagonia, e por toda a Costa Africana. A Petrobras é a empresa que detém a melhor tecnologia, graças aos Centros de Excelência, como o CENPES, e a aplicação de conhecimento soberano.
A Petrobras, detentora do maior domínio tecnológico para a exploração do pré-sal, podendo aplica-lo no Brasil e por todo o Atlântico Sul, certamente se tornará a maior empresa petrolífera do mundo, e isto incomoda muito o plano deles.
Independente do sistema político adotado, que sempre será um motivo para críticas e desestabilizações, as tentativas existiram, existem, e foram e continuam sendo usadas sempre contra a soberania nacional, com a prestimosa participação da imprensa local.
A guerra está no mar… Cuidem da nossa Amazônia Azul
Grande parte do nosso petróleo, e todo o pré sal brasileiro, estão na nossa Amazonia Azul, no mar, na nossa plataforma continental.
Ao longo da década de 70 do século passado, na ocasião de outra campanha do Estado Brasileiro, “Esse Mar é Nosso”, que visava garantir nossas 200 milhas oceânicas, sem as quais não teríamos domínio sobre as nossas plataformas de extração off-shore ou o pré-sal brasileiro, estas tentativas de influenciar o nosso destino, para o bem ou para o mal, foram ativas e presentes, novamente aquela mesma parcela da imprensa local ante nacional surgiu na edição. Esta guerra hibrida vem sendo parte do panorama político nacional década após década, até os nossos dias, porém agora abriram um leque que extrapola a questão petróleo, que é multifacetado, e que distrai a atenção com outras questões identitárias e de costumes, enquanto o que pé mais estratégico passa ao léu.
Vale lembrar que na ocasião da quase consolidação das nossas 200 milhas oceânicas, alinharam-se contra os interesses do Brasil, os EUA, juntamente com o Reino Unido, e todos os países membros do Commonwealth, que em conjunto batalharam contra a questão da soberania das nossas 200 milhas oceânicas na ONU, agindo sempre contrariamente aos interesses e direitos do Brasil durante o período que vai de 1970, quando da expansão para as 200 milhas, até 1982, ano da conclusão da III Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar – CNUDM.
Por trás destas ações na ONU, surgiram os interesses daquelas grandes empresas energéticas, e os motivos para impedirem a soberania de países sobre suas plataformas oceânica, e enxertaram outros assuntos, como os conflitos entre povos nativos que pescam e subtraem riquezas do mar em diferentes países, cujo limite territorial não respeitou o território destes antigos povos. Será que realmente EUA, UK, e o Commonwealth, estavam preocupados com isto? O direito da pesca de nenhum povo nativo foi garantido, assim como também não o direito de quaisquer nações sobre suas plataformas continentais.
Mas graças à determinação e ao empenho do Estado Brasileiro naquela época, conseguimos quase consolidar esta questão das 200 milhas oceânicas, a nossa “Amazônia Azul”, parcialmente.
Parcialmente? Sim, parcialmente, pois as questões territoriais sobre o mar, apesar dos vários dispositivos e artigos escritos e tratados no âmbito do CNUDM, ainda não foram consolidadas, e talvez nunca sejam, pois os interesses de grandes transnacionais, com muito poder econômico e capacidade de influenciar, sempre se sobrepõem aos direitos dos povos e nações.
Esta falta de solução é proposital, a guerra pelo petróleo e pelos minerais agora está no mar, por que então consolidar algo que irá fechar a porta aos interesses deles?
São questões que na América Latina envolvem todo o Atlântico do Golfo do México à Patagônia, atingindo a Antártida, todo o Atlântico Sul e todas as reservas no pré sal Atlântico na América e na África permanecem sob esta expectativa relacionada aos direitos do mar.
Nessa disputa EUA, Reino Unido e novamente os membros do Commonwealth, atuam num esforço conjunto para consolidar as posições deles, como as Ilhas Malvinas e outras, ao mesmo tempo que pressionam para desestabilizar a soberania das nações Latino Americanas e Atlântico Africanas, e logicamente o enfraquecimento de seus direitos sobre suas plataformas continentais. Infelizmente, este é o mundo em que vivemos, predação e grilagem com uma capa hipócrita de modernidade.
O último território, a Antártida, já está todo fatiado, e as partes dos outros sob a mira daquelas mesmas nações que num passado recente destruíram grande parte de suas florestas nativas e recursos naturais, eles já dividiram e já ocuparam a Antártida, são posseiros e farão uso desta posse, espremendo todos os outros pra lá…
Muito mais que petróleo, a guerra pelos minerais estratégicos do planeta…
Todas as grandes nações aumentaram a competição sobre as reservas minerais planetárias, um tema já inserido nas disputas internacionais, nas guerras hibridas, e futuramente nas disputas bélicas.
O Brasil é uma das maiores potencias minerais do planeta, assim como nossos vizinhos da América do Sul, juntos, temos praticamente tudo e em grandes escalas.
A questão energética, e todas as estratégicas questões de competitividade que ela traz, nem de longe estarão restritas a apenas petróleo, ou ao pré sal, ela abrange todas as formas de se obter energia, uma corrida tecnológica em busca de novas soluções mais eficientes, e possivelmente sustentáveis, o que inclui todos os minerais úteis para a viabilização e fabricação dessas novas tecnologias.
Aqui no Brasil, a sanha exercida para obter domínio sobre as nossas reservas energéticas, ambientais, e minerais, persiste e cresce conforme crescem as nossas chances de reconquistarmos uma soberania plena e desvinculada, tanto pelo Brasil como pelas nações Sul Americanas, riquíssimas em minerais, o que engloba muito mais que o mar e o petróleo.
Agentes dos mais diversos matizes políticos e ideológicos entram na disputa com poder para influenciar e manipular as opiniões internas contra os próprios interesses nacionais, a “edição” contrária é frequente, usando muitas vezes a imprensa local e os cidadãos contra a própria nação.
E como a gestão do Estado Brasileiro tem sido sim muito questionável, e as vezes até caricaturalmente ideológica, estamos falhando em inúmeras frentes, esta tarefa tem sido muito facilitada para as narrativas e as ações deles.
Mentiras não combinam com sustentabilidade!
O que está acontecendo, é que de fato os brasileiros não estão sendo adequadamente informados, de propósito, e pior, nem desconfiam disto.
Lembro que todas estas nações hegemônicas conseguiram subir a escada num período não maior que 150 anos, e praticamente destruíram seus recursos naturais, e até os de outras nações mais fracas. Eles conseguiram através da devastação e exploração predatória obter recursos, e hoje contam com empresas muito poderosas e muito bem equipadas, calcadas nos arcabouços comerciais e diplomáticos de seus países sede.
Algumas nações sabotam claramente tentativas do planeta se organizar de forma sustentável, se opondo as tentativas de acordos climáticos internacionais.
Se no Brasil há grupos que derrubam florestas nativas de forma criminosa, e as exporta, é por que há mercado que compre, quem são eles? Não imagino que milhares de metros cúbicos de madeira ilegal sejam transportados, embarcados e desembarcados, e novamente transportados, sem ninguém notar.
Estes crimes ambientais precisam de punição exemplar!
Estamos entrando numa nova era, e esta antiga história aqui narrada, bem como os métodos, devem ser denunciados e não esquecidos.
A humanidade tem como fazer de uma maneira muitos mais eficiente, sustentável, e socialmente justa, com a inclusão de todos os cidadãos do planeta, que não precisam ser totalmente iguais, mas de forma muito mais humana e digna, chega de gastar nossos recursos com guerras, destruições, edições, mentiras e marketadas.
Nós, Brasil, podemos dar um recado ao planeta, de uma forma muito mais eficiente e digna, com sabedoria, conhecimento soberano, somos uma grande potência multi energética, com a maior possibilidade de aplicação das energias renováveis juntas e em grandes escalas, abrindo um novo portal de eficiência, competitividade e desenvolvimento, que poderá acolher a todos, abrindo a possibilidade de parcerias com todas as nações que queiram se alinhar na conquista da verdadeira sustentabilidade, acolhendo novos negócios orgânicos e e sustentáveis, produzindo alimentos e produtos de forma mais sustentável, regenerando a natureza, regenerando o bem viver e abrindo um novo portal de qualidade de vida verdadeira, não fútil e não alienada, desenvolvendo novos negócios da floresta em pé, gerando empregos e empregos verdes, regenerando todos os nossos ativos naturais, ao mesmo tempo que educaremos para uma nova era, regenerando a nossa própria cultura, que sempre amou e preservou, e ao mesmo tempo permitindo desenvolvimento.
Então vamos superar as guerras, vamos repudia-las, sejam físicas ou hibridas, venham do leste ou do oeste, sem seletividade, mas com a nossa mais profunda reflexão quebrando o paradigma que sempre escravizou aos humanos, sem as mentiras, afinal, o que nós queremos? E se há alguém que propositalmente tem “chutado a escada” para nós, cabe a nós mesmos a persistência e a não desistência, e com conhecimento e visão reposicionar a escada e subir por ela.
Este artigo foi escrito em 2017, retomado e revisado em 2020, e fara parte de um futuro lançamento literário deste autor. Eng. Lauro de Almeida Neto
Foto: Reprodução