Ataque em escola de SP – Na manhã desta segunda-feira (23), um adolescente foi detido, uma aluna morreu e outros três estudantes ficaram feridos após um ataque a tiros dentro de uma escola pública de São Paulo.
O ataque ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste da capital paulista. A morte de uma aluna acaba de ser confirmada.
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Um aluno do 1° ano do Ensino Médio teria entrado armado e efetuado os disparos, afirma a Secretaria da Segurança Pública.
Ao todo, três estudantes foram atingidos pelos tiros. A vítima que não resistiu aos ferimentos tinha sido baleada na cabeça. Outras duas foram feridas no tórax e na clavícula. Um quarto aluno se machucou ao tentar fugir durante o ataque, de acordo com nota divulgada pelo governo estadual.
Helicóptero da PM
A Polícia Militar foi chamada por volta das 7h30 para atender a ocorrência. O ataque teria ocorrido às 7h20. O helicóptero da PM foi ao local, além de outras 20 viaturas da PM, para atender a ocorrência.
O site G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), mas ainda não obteve retorno.
Pais de alunos foram até a unidade após serem informados da ocorrência. Moradores do bairro relataram o desespero ao ouvir os tiros.
“Eu moro na mesma rua da escola. Eu estava tomando café para ir trabalhar, e eu e meu irmão ouvimos em torno de 3 tiros. Meu irmão ouviu gritos, eu subi para o quarto e abri a janela. E vi o pessoal saindo correndo da escola. Fui em frente a escola para saber o que houve, aí soube da notícia. Foi muito rápido.”
Omissão
No fim de março deste ano, uma professora de 71 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas após serem atacadas com faca por um aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. O agressor, de 13 anos, foi desarmado e levado para uma unidade da Fundação Casa.
Em agosto, uma equipe de reportagem do G1 esteve na escola e constatou que, após cinco meses depois do atentado, ainda não havia psicólogos disponíveis para o atendimento de professores e alunos na unidade escolar.
Essa era uma promessa do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e na época, a Seduc chegou a afirmar que quadruplicou o orçamento inicial destinado a políticas públicas de garantia da segurança e proteção de convivência no ambiente escolar, passando para R$ 100 milhões.
No entanto, duas das professoras que foram vítimas do ataque de março relataram que a escola só recebeu visitas de um grupo de estudos em psicologia da Universidade de São Paulo (USP).
Além disso, contaram que o corpo docente e discente foram orientados a procurar atendimento psicológico no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda segundo as professoras, a comunidade escolar está “pagando” pelos dias de recesso pós-ataque com reposições de aulas em período de féria e o programa Conviva, do governo, não funciona na unidade escolar.
(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução/TV Globo)