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De saída do PSDB, Alckmin quer frente ampla com trabalhistas em SP

Alckmin quer frente ampla com trabalhistas – Matéria assinada por Lucas Borges Teixeira em UOL aponta que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) está formando uma frente ampla em São Paulo para voltar ao Palácio dos Bandeirantes, sede da administração estadual.

De saída do PSDB, ele tem reunido aliados de fora do partido e se aproximado do discurso trabalhista.

Em disputa não declarada com o governador João Doria (PSDB), Alckmin decidiu não concorrer nas prévias dos tucanos para o governo do estado, cujas inscrições se encerram hoje (20).

O vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), é o candidato de Doria. Alckmin deve, então, anunciar a saída do partido nos próximos dias.

Frente ampla em São Paulo

Alckmin já deixou claro que deverá deixar o PSDB, partido que ajudou a fundar em 1988. Em São Paulo, suas relações com Doria estão estremecidas desde 2018, quando o então candidato ao governo paulista aderiu publicamente à campanha de Jair Bolsonaro (sem partido), com o BolsoDoria.

A situação ficou ainda mais delicada quando Doria decidiu trazer Garcia do DEM para o PSDB, em maio deste ano, para alçá-lo como seu sucessor ao governo paulista. Alckmin, que já ocupou o Palácio dos Bandeirantes por quatro mandatos, se considerava sucessor natural e ficou irritado com o movimento.

Desde então, tem declarado que não vai disputar as prévias estaduais com Garcia e tem se reunido com grupos de aliados.

A expectativa é que o ex-governador vá para o PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, aliado de longa data, com quem tem participado de eventos, mas o ex-governador quer mesmo montar uma frente ampla.

Alckmin tem se aproximado cada vez mais de outros dois antigos aliados: o PSB, de Márcio França, que foi seu vice-governador, e o Solidariedade, de Aldo Rebelo e Paulinho da Força, além de flertar com PDT e Avante.

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Entre pessoas próximas no PSDB, a avaliação é de que os dois lados ganham. Em uma aba, Alckmin ganha uma aliança forte para deixar o partido que governa São Paulo desde 1995 (o que deve ocorrer ainda neste mês); na outra, as siglas veem no ex-governador um nome com força eleitoral no estado e possibilidade agregadora de diferentes legendas.

No DataFolha divulgado neste fim de semana, Alckmin aparece em primeiro lugar na corrida estadual, com 26% dos votos. No cenário em que Garcia aparece como candidato tucano, o vice-governador tem apenas 5% das intenções.

O ex-governador também tem folga dentro do partido em relação ao recém-chegado. Segundo a pesquisa, ele tem 48% das intenções de votos de simpatizantes tucanos enquanto Garcia tem apenas 9%.

Palanque com Ciro Gomes

A possibilidade de ter um palanque com Alckmin ao governo e Ciro Gomes (PDT) à presidência seduz ambos os lados, que têm se voltado cada vez mais ao discurso do centro.

O PDT tem como objetivo principal deslanchar o nome de Ciro para a “terceira via” nacional.

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Próximo ao discurso trabalhista

Alckmin também tem repaginado o seu discurso. Em diversos encontros com sindicatos e grupos de trabalhadores, o ex-governador tem se aproximado cada vez mais da narrativa trabalhista, acenando até para a centro-esquerda.

Enquanto alguns aliados, como França, focam as críticas em Doria, Alckmin tem voltado seus comentários ao governo federal. Raramente fala do PT, adversário histórico.

“Num momento como este, quando se quer tirar direitos dos trabalhadores, mais do que nunca a organização dos trabalhadores é necessária. Por isso, fortalecer os sindicatos é essencial. Não só para os trabalhadores, mas para toda a sociedade”, declarou Alckmin em um encontro no Sindicato dos Padeiros de São Paulo na última sexta.

Ele acompanhou a reeleição do presidente Chiquinho Pereira, que recentemente se filiou ao PSB e pretende se lançar a deputado federal. Alckmin estava presente no evento, em agosto, com Kassab e França.

De olho nos descontentes com Bolsonaro e Doria, o grupo avalia que é pelo centro, no interior, e pela centro-esquerda, na capital, que Alckmin poderá chegar ao quinto mandato como governador de São Paulo.

Alckmin falou em congresso de central sindical

O ex-governador de São Paulo enviou uma mensagem na última semana a trabalhadores da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) durante o III Congresso Nacional da entidade, presidida pelo dirigente sindical Antonio Neto, que também preside o PDT da capital paulistana.

“Mais do que nunca, é hora de fortalecer o mundo do trabalho e sua organização sindical para garantir direitos e avançar em novas conquistas. Parabéns Neto pela sua luta, pelo seu trabalho e pela sua liderança” – Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo

“Agradeço ao amigo Geraldo Alckmin pela mensagem ao nosso III Congresso da CSB”, escreveu Antonio Neto nas rede sociais.

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Randolfe Rodrigues envia notícia-crime contra Bolsonaro ao STF

Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou com uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta das ações e dos discursos golpistas de Bolsonaro durante as manifestações do 7 de setembro ocorridas em Brasília e em São Paulo.

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O efeito colateral do golpismo de Jair Bolsonaro chegou rápido: Hamilton Mourão e Arthur Lira, ambos na linha de sucessão da Presidência, estão de antenas ligadas. Quem esteve com o vice diz que a paciência dele se esgotou e que ele estaria disposto a ir para o tudo ou nada contra Bolsonaro, mas sofre forte pressão do presidente.

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Por Redação

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