Ataque a escola de SP – A Polícia Civil recebeu relatos de que o autor do ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na capital de São Paulo, chegou a convidar uma colega a participar da ação.
Nesta segunda-feira (27), um aluno matou um professora de 71 anos a facadas, ferindo outras 4 pessoas, em Minas Gerais.
O ataque foi interrompido por uma professora, que imobilizou e desarmou o adolescente de 13 anos. (assista aqui)
A investigação vai se concentrar agora na hipótese de o adolescente de 13 anos ter sido incentivado por estudantes da escola ou por outras pessoas na internet a cometer o crime.
Segundo o delegado Marcus Vinicius Reis, titular do 34º DP (Vila Sônia), uma aluna da escola registrou um boletim de ocorrência no qual afirmou ter sido avisada do ataque pelo agressor, que perguntou se ela queria participar da ação.
Reis não informou a data em que o boletim foi feito, nem quando o convite teria sido feito. A aluna pensou que se tratava de uma brincadeira do aluno, mas recusou o convite.
Ela deve ser ouvida pela polícia, mas ainda não há data para o depoimento.
Quebra de sigilo
Até a manhã desta quarta, a investigação ainda aguardava a resposta da Justiça para um pedido de quebra de sigilo telemático de aparelhos eletrônicos do autor do ataque.
A intenção é analisar os equipamentos para saber com quem ele se comunicava e se houve algum auxílio ou incentivo.
Até agora, indícios apontam para um planejamento e execução do ataque de forma solitária pelo adolescente.
A polícia sabe, no entanto, que ele falava abertamente, com colegas e na internet, sobre a possibilidade de cometer o crime.
Histórico
Uma funcionária da escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, registrou um boletim de ocorrência em que afirmou que o adolescente – onde estudava até o mês passado – compartilhava vídeos portando armas de fogo e simulando ataques violentos.
Ele chegou a ameaçar de morte um dos alunos da escola, de quem era amigo.
A família do aluno ouviu da escola que o agressor seria encaminhado para atendimento em um Caps (Centro de Atenção Psicossocial).
Na manhã de segunda, momentos antes do ataque, ele publicou uma mensagem no Twitter anunciando o que faria.
Além de apurar a participação de outras pessoas, o delegado quer ouvir a professora Ana Célia Rosa, que foi ferida no ataque.
Esse depoimento ainda não estava confirmado.
(Com informações de Tulio Kruse em Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)