Usinas hidrelétricas instaladas dentro da área constituída como Amazônia Legal são responsáveis por produzir 26% da eletricidade consumida no Brasil. A região, no entanto, tem 1 milhão de habitantes que contam com energia durante apenas algumas horas do dia, fornecida por meio de geradores. Este é um dos dados verificados por um estudo da Climate Policy Initiative, organização que busca promover desenvolvimento econômico aliado a políticas de preservação ambiental.
As hidrelétricas da região são parte do Sistema Interligado Nacional (SNI), que conecta e coordena a produção de energia elétrica no país, mas 3 milhões de moradores estão fora desse sistema e têm seu abastecimento feito por usinas termelétricas movidas a óleo diesel, o que é mais caro e mais poluente.
A Amazônia Legal engloba 772 municípios em nove estados e tem uma área correspondente a 58,9% do território nacional, com cerca de 28 milhões de habitantes ou 13% da população brasileira, segundo dados do IBGE. Apesar da menor densidade populacional, é lá que se encontra o maior número de pessoas que ficam no escuro. De acordo com Amanda Schutze, uma das responsáveis pelo estudo, essa escassez é um dos grandes fatores que limitam o desenvolvimento da região.
Ela classifica o SNI como “magnífico”, mas lembra como o sistema também deixa claro uma grande contradição: ao mesmo tempo em que garante o abastecimento ao transmitir eletricidade de um ponto com abundância a outro com escassez, há pessoas que moram próximas das hidrelétricas que não usufruem dessa energia, que é consumida em outras partes do país com grande demanda, como o Sudeste.
Com informações de: BBC Brasil
Foto: Tarso Sarraf/Getty Images
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