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Amoedo quebra silêncio e fala sobre suspensão do Novo após declarar voto em Lula

Ex-candidato a Presidente pelo Novo em 2018 e um dos fundadores do partido, João Amoedo tem sido criticado por dirigentes e filiados do partido após manifestar voto no ex-Presidente Lula contra Jair Bolsonaro.

Presidente do Novo até 2020, Amoedo teve sua filiação suspensa 12 dias depois de declarar seu voto contra o atual presidente Jair Bolsonaro.

O deputado federal reeleito pelo partido, Marcel van Hatten, disse na manhã desta quinta-feira (27) que o caráter da suspensão se deu em torno da ‘imagem do partido’.

Ainda na tarde desta quinta, João Amoedo veio a público para responder a sua suspensão e possível expulsão: 

A Comissão de Ética Partidária, por 4 votos a 3, aprovou a suspensão e me concedeu 10 dias para apresentar a defesa no processo de expulsão.

Três dos quatro membros que votaram pela minha suspensão foram incorporados à Comissão de Ética nas duas últimas semanas. 

Todos os mandatários que assinaram o pedido de suspensão e a expulsão declararam voto em Bolsonaro no segundo turno, e um deles é coordenador estadual de campanha do presidente.

O pedido dos mandatários solicitava que a suspensão fosse efetivada antes do pleito de domingo.

O NOVO, ao final do primeiro turno, mencionou em nota que não iria se posicionar nessas eleições e que os filiados eram livres para votarem de acordo com a sua consciência. 

O partido tem uma Diretriz Partidária, em vigor, que coloca a instituição como oposição ao governo Bolsonaro nas eleições de 2022. 
Desde março de 2020, quando renunciei à Presidência do NOVO, não exerço qualquer cargo no partido, sendo apenas filiado. Faço questão de frisar, em todas as entrevistas e declarações, que minha opinião não representa o pensamento oficial do partido. 

Após a minha declaração de voto, sofri ataques do partido, de alguns mandatários e do presidente da instituição.

Esses são os fatos.

Difícil, portanto, não concluir que as manifestações públicas do partido quanto ao meu posicionamento, a elaboração da denúncia por aliados do presidente Bolsonaro, a nomeação dos novos integrantes para a CEP e o pedido para uma definição imediata antes de domingo não seja um movimento arquitetado para constranger outros filiados do NOVO a não declararem os seus votos e para garantir a minha expulsão, em um processo autoritário que remete à atuação de Bolsonaro.
Apresentarei a minha defesa no Comitê de Ética do partido e tomarei as medidas jurídicas adequadas para garantir o meu direito, e de todos os filiados, de se manifestarem de acordo com a legislação brasileira e as regras internas do NOVO.

Esse é o ambiente que espero para o NOVO e para o País.

Por isso, reafirmo meu voto em Lula no próximo domingo.

 

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