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Antonio Neto: “Indústria nacional pede a Lula o que só Ciro pode dar”

Antonio Neto – Chama atenção o fato de que os poucos representantes do setor produtivo presentes do almoço de Lula na Fiesp tenham dito ao ex-presidente que o Brasil precisa…de um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Pois é. A gente também acha.

Chama ainda mais atenção que Lula tenha reunido megaempresários na Fiesp e não tenha convidado quase nenhum representante…. da indústria nacional. É verdade esse bilhete? Afinal, a Fiesp é a federação das indústrias de São Paulo, e não de qualquer outro setor, por mais importantes que sejam os setores do comércio e do varejo, por exemplo.

Os industriais presentes foram claros: o país necessita urgentemente estancar o processo de desindustrialização que avança há 40 anos no Brasil, ora mais agressivo, ora menos, mas servindo a interesses neoliberais que não são os interesses do povo brasileiro.

Lula ouviu também, no encontro, que é preciso financiar e apoiar a indústria, para que comecemos, mesmo que tardiamente, a reindustrializar o país, o que é fundamental para sequer pensar em reduzir a dependência externa que nossa economia hoje tem que submeter.

Aliás, os industriais também pediram isso ao pré-candidato do PT à presidência: é preciso reduzir, para ontem, a dependência externa da nossa economia. Nenhum país no mundo se desenvolve e promove crescimento sustentável com uma indústria com não produz sequer uma seringa, que seja. Há de se trabalhar para aumentar o crédito para as famílias brasileiras, claro, pois o consumo delas é motor fundamental do desenvolvimento e crescimento nacionais.

Na prática, o que os empresários ligados ao setor que produz no país pediram a Lula é o que só Ciro Gomes e o nosso PND pode oferecer. A gente já passou por uma experiência, no passado, de aposta no tripé econômico neoliberal, é que não só não deu certo, como aprofundou as mazelas que a economia brasileira sofre.

Ora, minha mãezinha, que perdi para a covid-19, me ensinava, entre muitas outras coisas, que errar uma vez é humano, mas que repetir o erro é burrice.

A única forma de o Brasil atender as importantes pautas do setor produtivo, que ao lado dos trabalhadores, é quem faz esse país andar para a frente, é uma injeção de PND que só será aplicada com a eleição de Ciro Gomes como presidente da República.

E não esqueçam os apaixonados por superávits: Ciro, seja como governador, seja como ministro da Fazenda, detêm recordes de superávit primário.

Para recolocar o Brasil nos trilhos do desenvolvimento e do crescimento econômico, é preciso que escolhamos gente experimentada, competente e com coragem para fazer as mudanças que precisam feitas.

Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.

Por Antonio Neto

Analista de Sistemas e sindicalista, atualmente a frente da Central dos Sindicatos Brasileiros, do Sindpd/SP e do PDT São Paulo

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