Apoiadores do PND de Ciro – Militantes e apoiadores do Projeto Nacional de Desenvolvimento de Ciro Gomes (PDT) lançaram neste sábado (05) em São Paulo o movimento “Rebele-SP”.
O evento foi organizado em conjunto com a Juventude Socialista de São Paulo e contou com o apoio do Movimento Negro do PDT, da Ação da Mulher Trabalhista e demais simpatizantes de Ciro Gomes da capital paulista, baixada santista e do interior.
“Precisamos que São Paulo seja um estado onde as vacinas estejam nos braços, onde nossa população tenha comida boa no prato. Nossas crianças em escolas de qualidade e nosso povo com trabalho e dignidade. São Paulo é a locomotiva que vai tirar o Brasil da crise!”, diz trecho divulgado pelo movimento.
Arte, Hip Hop e Samba
O movimento seria lançado na Praça Roosevelt, região central da capital paulistana e contaria com intervenções artísticas como batalha de rap, curso de serigrafia, roda de samba e falas de apoiadores.
Por conta das fortes chuvas que atingiram a cidade na tarde no horário de lançamento (15h), a ação foi transferida para o bar O Candeeiro, também na Roosevelt.
Projeto Paulista de Desenvolvimento
Presidente do PDT de São Paulo, Antonio Neto compareceu a convite dos organizadores do evento e conversou com militantes e apoiadores.
“A rebeldia, ela tem que estar acompanhada da esperança, a esperança de construir, de olhar, de esperançar. É com essa rebeldia e com essa esperança que a gente está construindo o PND e que nós vamos construir o Projeto Paulista de Desenvolvimento”, avisou.
Antonio Neto frisou a importância de existir um alinhamento entre um projeto nacional e um projeto estadual.
“O epicentro da crise é São Paulo. Os maiores conflitos entre capital e trabalho estão aqui e a solução sairá daqui”, apontou.
Rebelde com causa e proposta
Presidente estadual do Movimento Negro do PDT de SP, Neudes Carvalho provocou a plateia sobre o que significa rebeldia na política.
“Eu sou rebelde. Eu nasço nordestina, preta, periférica, mulher. Eu sou rebelde por natureza. Mas ser rebelde de fato significa o que exatamente? É só reclamar?”, indagou.
A ativista ressaltou que a indignação é fundamental, mas apenas parte do processo.
“É importante a gente fazer a crítica efetiva, mas ser propositivo também. Vindo de movimento de base, eu entendo que para fazer política, a gente precisa ocupar os espaços, mas falar diretamente que nosso povo precisa de proposta”, pontuou.
Mês da mulher
“É bom a gente começar a se ‘rebelar’ nesse mês de março, pois março é o mês marcado pela luta das mulheres”, registrou Letícia Gabriella, presidente municipal da AMT São Paulo, em referência ao dia 8 de março, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher.
A jovem lembrou o escândalo envolvendo o deputado paulista Arthur do Val (Podemos), o ‘Mamãe Falei’, que teve áudios vazados fazendo comentários misóginos contra mulheres ucranianas refugiadas de guerra.
“Esse é um desafio secular e que deve ser encarado por toda a sociedade. Enquanto isso for um problema só das mulheres, a gente não vai avançar. Metade do mundo é composto por mulheres, e a outra metade pelos filhos delas”, declarou.
Construção coletiva
Presidente da Juventude Socialista do PDT da capital paulistana, Vitor Mota frisou a importância da coletividade no processo político de mudança.
“Ninguém anda sozinho e a rebeldia a gente só faz através da construção coletiva”, defendeu.
O líder estudantil falou sobre a necessidade de criar-se uma rede de proteção ao povo paulista.
“A gente precisa criar uma rede de proteção para o povo paulista, e essa rede de proteção só vai vir com a construção forte do trabalhismo. A juventude tem que estar na rua, levantando Jango, Getúlio, Brizola. Contem com a Juventude Socialista”