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Ao ganhar disputa interna contra o candidato oficial apoiado pelo PT, a eleição de Marília Arraes (PT-PE) para a segunda secretaria da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados está sendo encarada como traição pela cúpula petista. O Partido dos Trabalhadores já analisa algum tipo de punição exemplar contra a deputada, que pode estar de saída do partido como já noticiado pelo Brasil Independente. Marília teve 42 votos de seu próprio partido contra sua candidatura na mesa e apenas 2 a favor.
A segunda secretaria da casa tem a função de cuidar das relações internacionais da Casa, como emitir passaportes para deputados e o programa de estágio universitário da instituição. Não é visto como relevante na gestão da Câmara, mas é vista como uma vitrine em termos de capital político.
A deputada tem estado no palco de polêmicas no PT desde a retirada forçada de sua candidatura para o governo de Pernambuco em 2018, quando dirigentes da legenda a fizeram se retirar da disputa para garantir o apoio à reeleição do atual governador Paulo Camara (PSB) e, assim, conseguir a neutralidade do partido nas eleições (havia a possibilidade do apoio ao candidato do PDT, Ciro Gomes).
Depois disso, a deputada se envolveu em outra polêmica, dessa vez no pleito de 2020 na disputa com seu primo, João Campos (PSB), para a eleição na capital pernambucana. Marília reclamou muito da falta de apoio à sua candidatura, que liderava as pesquisas e perdeu numa reviravolta para Campos nos últimos dias da campanha.