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Aprovação do governo Lula dispara no mercado financeiro; saiba

Aprovação do governo Lula dispara – Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest e divulgada nesta quarta-feira (12)  revelou uma significativa mudança na percepção do mercado financeiro em relação ao governo do presidente Lula (PT).

O levantamento apontou um salto na aprovação do governo, que passou de 2% em maio para 20% em julho, enquanto a taxa de rejeição caiu de 86% para 44%.

A pesquisa também destacou uma melhora na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além de indicar uma expectativa de redução na taxa básica de juros (SELIC) ainda neste ano. Esses resultados refletem o impacto das medidas econômicas adotadas pelo governo, como a reforma tributária e o Arcabouço Fiscal.

O levantamento revelou que a proporção de agentes do mercado financeiro que consideram positiva a atual administração teve um crescimento significativo, passando de 2% em maio para 20% em julho.

No mesmo período, a avaliação negativa do governo apresentou uma queda de 86% para 44%, enquanto a avaliação regular registrou um aumento de 12% para 36%.

Outro dado relevante é que a parcela do mercado financeiro que acredita que o governo está preocupado com o controle da inflação aumentou de 20% em maio para 34% em julho, enquanto aqueles que não enxergam essa preocupação diminuíram de 80% para 66%.

A pesquisa foi conduzida por meio de 94 entrevistas realizadas com fundos de investimento sediados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 10 de julho. A amostra considerou a participação de 47% de gestores, 31% de economistas, 14% de traders, 5% de analistas e 3% de profissionais em outros cargos.

Haddad em destaque

Aprovação do Governo foi particularmente notável ao avaliar o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Sua aprovação saltou de 10% em março para 65% em julho. Ao mesmo tempo, a taxa de avaliação negativa do trabalho de Haddad caiu de 37% para 11%, enquanto aqueles que consideram sua atuação regular diminuíram de 37% para 24%.

Na semana passada, a proposta de Reforma Tributária, uma das principais prioridades do governo Lula e da gestão do ministro Haddad, teve seu texto-base aprovado pela Câmara dos Deputados. O texto segue agora para apreciação no Senado Federal.

Além disso, o governo tem adotado medidas econômicas pragmáticas, como a aprovação do Arcabouço Fiscal, em maio.

Haddad também defende uma mudança no modelo de meta de inflação, buscando maior flexibilidade para o Banco Central.

Sua proposta é substituir o formato atual, baseado no ano-calendário, por uma meta contínua, que permitiria um prazo mais longo para que o banco leve a taxa de inflação ao centro da meta.

Campos Neto no BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mantém o respaldo do mercado, mesmo com a recente melhora na aprovação do governo. A decisão do BACEN de manter a taxa básica de juros (SELIC) em 13,75% é aprovada pela maioria do mercado. Desde o início de 2023, 86% dos entrevistados avaliam positivamente a atuação de Campos Neto.

No entanto, o mercado já espera uma redução nos juros ainda neste ano, com todos os entrevistados acreditando em uma queda na SELIC. A expectativa é que essa redução ocorra na reunião do COPOM de agosto, com 92% dos entrevistados apontando para essa possibilidade.

A questão em debate é a magnitude desse corte, sendo que a maioria prevê uma redução de 0,25 pontos percentuais, enquanto um terço dos entrevistados acredita que o corte pode ser ainda maior, de 0,5 pontos percentuais.

Uma das razões que influencia essa previsão de corte na SELIC é a aprovação da reforma tributária, que tende a estimular o crescimento econômico e reduzir as pressões inflacionárias.

A pesquisa revelou que a maioria dos entrevistados, correspondendo a 54%, acredita que os juros irão diminuir com a reforma tributária em vigor. Além disso, o mercado tem uma visão positiva sobre os efeitos dessa reforma, com 66% dos entrevistados acreditando que ela aumentará o bem-estar das pessoas.

Quanto aos impactos, há três pontos de consenso: (1) o setor de serviços será o mais prejudicado, (2) a guerra fiscal entre estados tenderá a diminuir e (3) o setor industrial será o principal beneficiado.

Desconfiança com Lula

Apesar da melhora na avaliação do governo e de Haddad, o mercado ainda demonstra desconfiança em relação ao presidente Lula. Enquanto a confiança em Haddad aumenta, Lula mantém altos índices de rejeição. Na pesquisa, foi observada uma melhora na imagem do Brasil no exterior desde o início do governo Lula, com resultados semelhantes aos obtidos em pesquisas anteriores com a população.

Entretanto, o governo Lula enfrenta resistência de Campos Neto, que mantém a taxa de juros em 13,75% ao ano, alegando que a inflação ainda está alta e requer cautela. O governo tem pressionado o Senado para destituir Campos Neto do cargo, mas não encontrou apoio suficiente na Casa. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, protocolou um requerimento de convocação do presidente do BC na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Campos Neto afirmou que não renunciará ao cargo e que seu mandato vai até 2024. Ele também defende a autonomia do Banco Central e afirma que não cederá à pressão política. Segundo ele, se o crédito está caro no país, a culpa não é do BC, mas sim do governo, que precisa implementar reformas estruturais e fiscais para reduzir o risco-país e o custo de captação.

Diante desse cenário, os entrevistados acreditam que os investimentos no país aumentarão nos próximos anos. O percentual de agentes do mercado otimistas com a atração de investimentos estrangeiros subiu de 26% para 54%.

(Com informações de Estadão)
(Foto: Agência Brasil)

Por Redação

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