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Arma usada para matar Marielle era do Bope, diz ex-PM delator; entenda

Arma usada para matar Marielle – Em delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o ex-PM Élcio de Queiroz deu detalhes sobre a morte da então vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

No depoimento, o ex-policial militar diz que a arma que matou Marielle Franco foi extraviada de um incêndio no Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Segundo o delator, Ronnie tinha uma relação de carinho com a arma por ter trabalhado no Bope. No depoimento, Élcio diz que Ronnie reformou a arma e deixou ela “cem por cento” depois da compra ilegal.

“Houve um incêndio no Batalhão de Operações Especiais, no paiol, e essa arma foi extraviada. Essa e outras armas foram extraviadas nesse incêndio aí e essa arma ficou com uma pessoa que eu não sei quem é. Essa pessoa conseguiu fazer a manutenção dela e vendeu pra ele”, disse.

Questionado se sabia quem vendeu a arma para o Ronnie, Élcio não soube informar se era PM ou não.

“Alguém que tinha acesso às armas. Eu nem sei se realmente houve esse incêndio, ele passou que houve, já ouvi boatos que houve incêndios, mas eu não sei quando foi, não sei nem se eu estava na Polícia Militar. Mas ele me passou que foi essa situação”, explicou.

Munição da PF

Questionado, disse que não consegue precisar a data da compra, mas que não chega a cinco anos antes do crime. Élcio também não soube explicar como eles tiveram acesso à munição UZZ18 da Polícia Federal, mas afirmou que Ronnie deve ter amigos no órgão até hoje.

No depoimento, ele diz que Ronnie alegou que se desfez da arma quando o crime começou a ter muita repercussão:

“No início, ele ficou com ela ainda, mas quando o negócio começou a tomar muito vulto mesmo, eu falei ‘o que você fez com essa arma?’ Ele falou ‘eu serrei ela todinha’ […] Ele falou que serrou ela todinha, pegou a embarcação lá na Barra da Tijuca, foi numa parte que tinha trinta metros e jogou ali”, contou.

Mas Élcio diz não acreditar na versão de Ronnie, por ter conhecimento da relação de carinho que ele nutria com a arma.

No presídio, Ronnie confessou ao Élcio que estava preocupado com algumas “coisinhas” que estavam na casa de Pedro Bazzanella, amigo em comum dos dois e também citado no inquérito do crime.

“Ele comentou comigo que pegaram algumas armas, aqueles fuzis na casa que seria da mãe dele, que ela alugou. Mas ele falou para mim que ele estava preocupado não era nem com aquilo, ele estava preocupado com algumas coisinhas que estavam com o Pedro Bazzanella. Eu acredito que possa ser essa arma, ou outras armas”, explicou.

(Com informações de O Globo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Redação

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