Carla Cecato é demitida da Jovem Pan – A barca bolsonarista parece não ter fim na emissora Jovem Pan – após a eleição do ex-presidente Lula (PT) – que anunciou nesta terça-feira (01) mais uma demissão: a comentarista Carla Cecato.
Cecato torna-se a quarta jornalista bolsonarista demitida da emissora desde a última segunda-feira (31), dia em que a Jovem Pan dispensou os trabalhos dos colunistas Augusto Nunes, Guilherme Fiúza e Caio Coppola.
Com a alcunha de ‘Garota Propaganda de Bolsonaro’, a profissional era comentarista do programa de opinião e debates Linha de frente, ao qual sempre usava da palavra pra tecer analises que seguiam cada narrativa difundida pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições do domingo (30).
Crítica contumaz ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a jornalista fez inúmeras acusações ao durante as eleições deste ano, principalmente quando o magistrado publicou medidas que contrariavam ignomínias de Bolsonaro.
Além de Moraes, o presidente eleito Lula também era alvo de constante da comentarista.
Mais cortes
Os cortes da Jovem Pan, apesar do alto número, não se limitaram apenas a profissionais próximos a Bolsonaro. O jornalista Guga Noblat, conhecido opositor ao atual presidente, também foi desligado na última segunda (31), bem como o repórter Maicon Mendes, mostrando que a onda de demissões não está ceifando apenas a esfera opinativa da emissora, mas como a sua área de jornalismo.
Política editorial
O conglomerado de mídias da Joven Pan formado por rádio, canal de televisão e uma das páginas mais acessadas no Youtube – com mais de seis milhões de inscritos – que sempre se mostrou ideologicamente alinhado ao bolsonarismo, não tardou a reconhecer a reconhecer a conquista do petista, tão logo confirmado pelo TSE.
O texto, que apesar de reconhecer a vitória do candidato petista e apoio à democracia, faz claras referências as pautas relacionadas ao bolsonarismo: à defesa da família, liberdades individuais, além de um “Estado mínimo e menos paternalista e do desenvolvimento econômico e social”.
(Com informações de Correio Braziliense)
(Foto: Montagem/Reprodução)