Bolsonaro ameaça PL – Após a derrota eleitoral, Bolsonaro exigiu que o PL lhe pagasse um salário, aluguel de um apartamento em Brasília e um escritório com espaço para ele e Michelle Bolsonaro, com o que concordou o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Agora, o acordo é motivo de discórdia entre os dois.
Valdemar já avisou o ex-presidente que não manterá o combinado, pelo menos por enquanto, o que causou uma briga por telefone neste fim de semana, relata o portal IG.
Segundo a apuração, a ligação teve troca de insultos e xingamentos.
Bolsonaro tem cobrado o pagamento do salário combinado, mas o líder do PL disse que não pagará nada enquanto ele estiver fora do Brasil.
O ex-presidente está nos Estados Unidos desde 28 de dezembro, hospedado na casa do ex-lutador de MMA José Aldo.
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Enquanto Valdemar alega que o PL não possui recursos desde que o STF determinou o bloqueio de R$ 22 bilhões do partido após uma ação da legenda questionar as urnas eletrônicas apenas no segundo turno, Bolsonaro acredita que, de alguma forma, é possível sim arranjar meios para pagá-lo.
“Ele avisou que se não receber até o fim do mês irá pôr a boca no trombone”, disse a fonte ouvida pelo IG.
Isso significaria um rompimento público com o PL e colocar Valdemar sob a mira do “gabinete do ódio”. No entanto, a ameaça pode ter surtido efeito contrário.
De acordo com um grande aliado de Valdemar, Bolsonaro ouviu que faria um favor se saísse do PL e poderia ser preso se fosse abandonado pelo partido. A partir daí, começou a troca de ofensas, até que o ex-presidente teria berrado:
“Me manda o dinheiro, porra!”.
Após a briga, a situação de Bolsonaro piorou, e Valdemar garantiu que não pagará o combinado nem que ele volte ao país.
Desde os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, líderes políticos avaliam que o ex-presidente não vai escapar de uma condenação do TSE e se tornará inelegível.
(Com informações de IG)
(Foto: Montagem/Reprodução)