Bolsonaro defende Milton Ribeiro – Em entrevista concedida a apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que chegou a ser preso preventivamente em investigação da Polícia Federal sobre um possível esquema de corrupção na distribuição de verbas da pasta que comandava.

“(Não há) mínimo indício de corrupção por parte dele”, disse Bolsonaro.

Reconhecendo não o leu o processo de investigação, o presidente afirmou que Ribeiro foi “preso injustamente”, argumentando que o Ministério Público foi contra a decisão “por não haver indício de prova”. Ele, no entanto, admitiu que não chegou a ver o processo.

O presidente afirmou que a prisão foi feita apenas para desgastar seu governo e culpou a ‘esquerda’ por investigações envolvendo seus ministros.

“Sempre dou liberdade para montar os ministérios, com advertência de que vão ser vigiados pela esquerda 24 horas por dia porque vão tentar descobrir algo que por ventura tenha feito de errado no ministério”, disse.

Bolsonaro criticou o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, que decretou a prisão do ex-ministro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura após investigação da Polícia Federal.

Apesar de o presidente acreditar que não há indícios contra Ribeiro, consta no mandado que os possíveis crimes cometidos por ele são: corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Federal quando foi divulgado um áudio de uma reunião em que o então ministro da Educação disse que dava prioridade aos pedidos de verba encaminhados pelos pastores por solicitação do presidente. Foram registradas 35 visitas de Moura ao Palácio do Planalto desde 2019 e dez de Santos.

(Com informações de Folha de S. Paulo)
Foto: Reprodução