Bolsonaro mente na Cúpula da Democracia – Folha de S. Paulo – O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (10), em discurso para lideranças mundiais durante a Cúpula da Democracia, que a luta contra a corrupção no país é “prioridade permanente” e aproveitou para criticar seus antecessores, ignorando escândalos relacionados a seu governo.
“A luta contra a corrupção também constitui prioridade permanente. Tanto é que estamos completando três anos sem uma denúncia sequer contra o nosso governo, ao contrário do que ocorria em anos anteriores”, afirmou o líder brasileiro no evento do governo dos EUA.
A cúpula virtual, convocada pelo presidente Joe Biden, tem como objetivo debater a democracia e as ameaças autoritárias pelo mundo.
Ainda que tenha levado ao fórum global o discurso de que o Brasil está há três anos sem casos de corrupção, o próprio Bolsonaro costuma dizer que não tem como saber se esse tipo de crime ocorre em seu governo e que não tem ciência de tudo que se passa nos 23 ministérios.
O presidente disse ainda que o Brasil adotou “o mais ambicioso e abrangente plano anticorrupção da história do país” —o governo lançou na quinta um minipacote sobre o tema em evento em Brasília.
Trata-se de um projeto para regulamentar o lobby e dois decretos: um para aumentar a transparência da agenda pública de autoridades e outro para garantir proteção ao servidor que denunciar irregularidades.
Do ponto de vista de transparência das agendas públicas, este é um hábito incomum no próprio Planalto.
A agenda do presidente não é divulgada na íntegra ou com detalhes sobre, por exemplo, quem esteve presente. A realização de muitos encontros é descoberta por publicações em redes sociais.
As falas de Bolsonaro também ignoram escândalos relacionados a seu governo.
Entre eles, a apuração de irregularidades na compra de vacinas contra a Covid e as investigações que pesam sob os quatro filhos do presidente, como o caso das rachadinhas ligado ao senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
Ainda no evento de Biden sobre democracia, o presidente falou sobre outro tema caro a ele: liberdade de expressão.
“Estamos empenhados em assegurar as liberdades de pensamento, associação e expressão, inclusive na internet, algo essencial para o bom funcionamento de uma democracia saudável”, disse.
“Valorizamos o direito de todos expressarem suas opiniões e de serem ouvidos.”
Bolsonaro virou alvo de um novo inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) por ter feito uma falsa relação, durante uma live, entre Aids e a vacinação contra a Covid. Diante disso, voltou a criticar o Supremo.
O ministro Alexandre de Moraes é relator do inquérito das fake news, que tem como alvo aliados do presidente.
Na leitura do chefe do Executivo, trata-se de uma questão de “liberdade de expressão”.
A despeito da defesa discursiva da liberdade de expressão, o chefe de Estado brasileiro acumula episódios de ataque à liberdade de imprensa e à mídia profissional desde antes de assumir o cargo.
Foto: Isac Nóbrega/PR
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Antonio Neto: “Reforma trabalhista foi tragédia anunciada”
“As alterações em mais de cem itens da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, foram um ataque sem precedentes aos trabalhadores brasileiros.
Quatro anos após a aprovação da nefasta proposta, o Supremo Tribunal Federal segue julgando suas inúmeras inconstitucionalidades. Duas das alterações mais cruéis já foram derrubadas pelo STF: a permissão para a mulher grávida trabalhar em local insalubre e os empecilhos para o acesso à Justiça gratuita.
O Supremo ainda se manifestará sobre temas importantes, como o teto indenizatório em ações trabalhistas, o trabalho intermitente, o tal acordado sobre legislado e o fim da ultratividade, entre outros temas.”
Leia a matéria completa aqui.
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