Trabalho escravo no Brasil – A maioria dos candidatos à presidência da República aderiram à “Carta-Compromisso contra o Trabalho Escravo”, afirmando que estabelecem como prioridade o combate a esse crime, caso sejam eleitos.
São eles Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Vera Lúcia (PSTU), José Maria Eymael (DC) e Léo Péricles (UP).
Ministros de Bolsonaro começam a ‘jogar a toalha’; entenda
O presidente Jair Bolsonaro (PL) ignorou a carta até a data limite para o envio das assinaturas, na última sexta-feira (23), e portanto, não assinou o documento.
São 16 entidades que organizam o compromisso, entre elas associações de magistrados, de procuradores e de auditores fiscais, confederações de trabalhadores, a Comissão Pastoral da Terra e a Organização Internacional do Trabalho, entre outras.
A iniciativa recolheu adesões dos candidatos desde a eleição de 2006 e teve como resultado políticas públicas originadas a partir dela, como a criação de planos municipais e estaduais, além da implementação de medidas para combater esse crime e atender às vítimas.
Em SP, Tarcísio não assina
Entre os compromissos, está o de não promover empreendimentos e empresas que tenham utilizado mão de obra análoga à de escrava ou infantil, e de garantir apoio à fiscalização que verifica denúncias e resgata pessoas.
Também inclui a promessa de exonerar qualquer pessoa que ocupe cargo público de confiança que vier a se beneficiar desse tipo de mão de obra. E renunciar ao mandato caso fique comprovado que usou esse tipo de exploração em seus negócios pessoais. A campanha de coleta de assinaturas começou no dia 17 de agosto, um dia após o início oficial das campanhas.
Além dos candidatos à Presidência da República, foram convidados a assinar todos os que disputam os governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão e Pará, estados com alta incidência de resgates de escravizados ou de origem de trabalhadores explorados.
Em São Paulo, assinaram os candidatos Fernando Haddad (PT), Rodrigo Garcia (PSDB), Elvis Cezar (PDT), Vinícius Poit (Novo) e Altino Júnior (PSTU). Tarcísio de Freitas, candidato apoiado por Bolsonaro, não assinou o documento.
(Colaborou Fred Gutilla / Com informações do UOL)
(Foto: Reprodução)
Moraes quebra sigilo de assessor de Bolsonaro; PF suspeita de rachadinha
A Polícia Federal (PF) investiga uma suspeita de ‘rachadinha’ no gabinete do presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
A corporação encontrou no telefone do principal ajudante de ordens do presidente, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conversas por escrito, fotos e áudios trocados que sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.
Com base na apuração, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a quebra de sigilo bancário de Cid, atendendo a um pedido da PF, que busca descobrir a origem do dinheiro e se há uso de verba pública.
Assista o BRI Análise sobre as suspeitas de rachadinha no gabinete da presidência da República: