Bolsonaro no JN – O desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) na entrevista concedida ao Jornal Nacional na noite desta segunda-feira (22) dividiu os integrantes das alas política e ideológica do governo e da campanha à reeleição.
Ministros e políticos aliados teriam visto o saldo final como “positivo”, enquanto integrantes do governo e da campanha mais radicais reclamaram que o presidente ‘arregou’ e “não animou” a militância.
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Além disso, Bolsonaro mentiu por diversas vezes, como quando. por exemplo, negou ter xingado ministros do STF – o presidente já foi flagrado xingado Luis Barroso de ‘filho da puta’ e Alexandre de Moraes de ‘canalha’.
O site G1 fez um análise listando as inúmeras ditas por Bolsonaro, que pode você conferir clicando aqui.
Nos bastidores, integrantes da ala política comemoraram o fato de o presidente ter mantido o controle na entrevista e não ter insistido em temas “polêmicos” ligados à pauta de costumes.
“O presidente sobreviveu bem à entrevista. Não foi rude e fugiu das armadilhas. O saldo foi positivo”, disse estrategista da campanha mais alinhado ao entorno político de Bolsonaro à coluna de Igor Gadelha no site Metrópoles.
Defensiva
Os aliados mais ideológicos se queixaram de que Bolsonaro se manteve na defensiva durante praticamente toda a entrevista, o que, na avaliação desse grupo, frustra a militância bolsonarista.
A ‘cola’ escrita na mão de Bolsonaro não passou confiança aos militantes mais radicais.
“Como o presidente não contra-atacou, não teve nenhum momento que deve viralizar e contagiar a militância com empolgação”, comentou um aliado tido como mais ideológico à coluna de Gadelha.
No final das contas, Bolsonaro teria saído no “zero a zero”, o que é ruim para quem está atrás na disputa.
Bolsonaro acabou por nem animar sua base bolsonarista – ao se manter controlado -, nem conseguiu ‘furar’ a bolha do eleitorado de centro.
(Com informações de Igor Gadelha em Metrópoles)
(Foto: Reprodução)