Bolsonaro persegue Ciro Gomes – “A liberdade cai por terra, aos pés de um filme de Godard”.
Os versos de “Selvagem”, do grupo Paralamas do Sucesso, mais uma vez fizeram-se presentes no país do abuso judicial.
Não há a menor dúvida: o governo federal de Jair Bolsonaro, através de seus asseclas, operaram a máquina kafkaniana para perseguir o presidenciável Ciro Gomes.
O motivo: Ciro é o único dos candidatos a efetivamente dar nome aos bois, inclusive com acusações objetivas acerca da grande mamata promovida por Bolsonaro, às custas de meio milhão de vidas compatriotas.
O Processo cuja operação fora deflagrada nesta manhã (15.12) trata sobre supostos desvios na arena Castelão, estádio da copa do mundo construído em Fortaleza durante o período da Copa (sim, quase uma década atrás). Algumas perguntas devem ser feitas:
1- Qual cargo Ciro possuía no período citado?
2- Quais ligações (ou meros indícios) ligariam Ciro aos pseudo-fatos citados.
3- Afinal, quais são os fatos?
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São perguntas que ficarão sem respostas. Por um motivo simples: o objetivo da operação é criar um factoide político e deslegitimar o grupo de poder que – objetivamente – revolucionou o Ceará (começando com Tasso, passando por Ciro e Cid e perdurando até Camilo Santana, contemporâneo).
Outro escárnio é a figura responsável pelo despacho. O excelentíssimo juiz, com seu salário de dezenas de milhares de reais – às custas da miséria do povo brasileiro – absolveu um negacionista do holocausto que associou a pandemia aos judeus.
Em outro episódio insólito deu voz de prisão a um servidor do Detran que não conseguiu prestar um atendimento devido ao sistema da repartição estar fora do ar.
Ou seja, o responsável pela perseguição ao grupo de Ciro é nada mais nada menos do que um juiz que abusa de sua autoridade contra servidores de baixo escalão e absolve propagadores de discursos de ódio.
É obrigação de todo e qualquer democrata repudiar abertamente o lawfare de Bolsonaro e trupe. Da mesma forma com a qual Ciro e família defenderam os perseguidos por Sérgio Moro, inclusive com o uso exacerbado de sua arma – a força da palavra.
Bolsonaro apresentou suas armas, pagas com o dinheiro dos 30 milhões de desempregados e desalentados; resta, aos democratas, mostrar as suas.
Por Renato Zaccaro, editor de DISPARADA. Jornalista e Músico. Escreve sobre Política e Poder/Cultura e Ideologia.
Fonte: Portal Disparada
Foto: Reprodução
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Antonio Neto: “Reforma trabalhista foi tragédia anunciada”
“As alterações em mais de cem itens da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, foram um ataque sem precedentes aos trabalhadores brasileiros.
Quatro anos após a aprovação da nefasta proposta, o Supremo Tribunal Federal segue julgando suas inúmeras inconstitucionalidades. Duas das alterações mais cruéis já foram derrubadas pelo STF: a permissão para a mulher grávida trabalhar em local insalubre e os empecilhos para o acesso à Justiça gratuita.
O Supremo ainda se manifestará sobre temas importantes, como o teto indenizatório em ações trabalhistas, o trabalho intermitente, o tal acordado sobre legislado e o fim da ultratividade, entre outros temas.”
Leia a matéria completa aqui.
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