França quer estatizar setor de energia – Enquanto o governo brasileiro acaba de privatizar a Eletrobrás, empresa estatal do setor energético, a primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, afirmou na última semana que pretende estatizar completamente o setor de energia do país.
Borne defende que é preciso abandonar a dependência dos combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, migrando para uma matriz energética ecológica e sustentável.
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“Queremos ser a primeira grande nação a sair dos combustíveis fósseis”, disse a primeira-ministra ao jornal francês Le Figaro.
A líder advoga uma “ecologia do progresso” e argumenta que isto só será possível assegurando que o setor energético sob o controle estratégico do Estado, sendo “100% renacionalizado”.
“A conversão ecológica passa pela energia nuclear, uma energia livre de carbono e soberana”, acrescentou.
Brasil na contra-mão
Enquanto o país europeu discute a reestatização do setor, o governo de Jair Bolsonaro (PL) empurra o país na direção contrária.
A regra tem sido entregar à iniciativa privada áreas estratégicas para o país.
Em junho, a Eletrobras foi vendida por R$ 33,7 bilhões.
Especialistas alertam que a privatização da estatal resultará no encarecimento da energia para os brasileiros para garantir o retorno aos acionistas privados.
O bilionário Jorge Paulo Leman é agora um dos maiores acionistas privados da Eletrobras.
O governo ‘sonha’ com a privatização da Petrobrás, petroleira estatal do Brasil.
Mas o próprio Bolsonaro reconhece que “dificilmente vai para frente isso”.