Bolsonaro sofre denúncia na ONU – O presidente Jair Bolsonaro foi denunciado, nesta segunda-feira (15), na sede do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, pela negligência na condução da pandemia do novo coronavírus.
A denuncia foi feita pela Comissão Arns e a organização não governamental Conectas. As entidades acusam o presidente de promover uma devastadora tragédia humanitária, social e econômica no Brasil a partir de seu negacionismo.
“É por isso que estamos aqui, hoje, para chamar a atenção deste Conselho e apontar a responsabilidade do Presidente Bolsonaro”, afirmou em seu discurso a representante da Comissão Arns, Maria Hermínia Tavares de Almeida.
“Viemos aqui hoje para criticar as atitudes recorrentes do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia. Ele desdenha das recomendações dos cientistas; ele tem, repetidamente, semeado descrédito em todas as medidas de proteção – como o uso de máscaras e distanciamento social- promoveu o uso de drogas ineficazes; paralisou a capacidade de coordenação da autoridade federal de Saúde; descartou a importância das vacinas; riu dos temores e lágrimas das famílias e disse aos brasileiros para parar ‘de frescura e mimimi’”, destacou Maria.
O Brasil passa pelo seu pior momento da pandemia. O País já soma mais de 278 mil óbitos pela Covid-19.
No discurso, as entidades ainda lembraram que todas as medidas econômicas e sanitárias em vigor no Brasil ocorreram por determinação dos poderes legislativo e judiciário federal, bem como de governadores e prefeitos.
Fonte: Carta Capital
Mourão culpa população por pandemia: ”nosso povo não respeita regras”
Em entrevista nesta segunda-feira (15), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), culpou a população pelo agravamento da pandemia – a média móvel de casos subiu 50% nos últimos 30 dias. “A nossa população não gosta de respeitar regras. Não é da natureza do nosso povo”, disse Mourão.
Durante sua fala, Mourão também tentou defender a desastrosa atuação do general Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde.
Caso a demissão de Pazuello, veiculada desde domingo (14) se concretize, o país terá o quarto ministro da Saúde em um ano.
“Eu tenho muita confiança no Pazuello, eu o conheço há muito tempo. Agora é uma situação muito difícil pela característica do nosso país, pela característica desse vírus, pela forma como o país encarou isso aí tudo”, disse.
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