“Calvo do Campari” – Thiago Schutz, eternizado como “Calvo do Campari” será julgado em novembro sob a acusação de usar as redes sociais para ameaçar e violentar psicologicamente a atriz e roteirista Lívia La Gatto e a cantora e sambista Bruna Volpi.

O Ministério Público (MP) afirma que os crimes ocorreram em fevereiro deste ano após as duas mulheres criticarem comentários de Thiago, considerados machistas e misóginos. Na ocasião, o homem mandou mensagem às vítimas exigindo que retirassem da internet conteúdos que satirizavam seus comentários dele a respeito de mulheres.

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Caso contrário, a consequência seria “processo ou bala”.

Em março, a Justiça paulista havia aceitado a denúncia da Promotoria e tornado Thiago da Cruz Schoba (que se apresenta como Thiago Schutz na internet) réu no processo. O influenciador digital responde em liberdade. O julgamento de Thiago está marcado para começar no dia 9 de novembro.

A defesa de Thiago Schutz divulgou uma nota informando que seu cliente nega as acusações. “O réu tem o direito de se defender, mas neste caso, não precisa provar nada, pois nenhuma imputação direcionada ao réu se presume provada, já que o inquérito é uma peça meramente informativa”, diz trecho da nota.

Thiago ainda será interrogado e também deverão ser ouvidas as vítimas e testemunhas do caso. Após isso, a juíza do caso decidirá se condena ou absolve o réu. As penas para o crime de ameaça podem ser um a seis meses de detenção ou multa. Para violência psicológica, a condenação prevê penas de seis meses a dois anos de reclusão.

Em março, a Justiça já havia concedido medidas determinando que Thiago não se aproxime das duas mulheres.

O ‘coach’ está obrigado a ficar a 300 metros de distância na duas denunciantes, no mínimo, e também está proibido de falar com elas, seja pessoalmente ou pela web.

Além disso, Schutz não poderá procurá-las ou frequentar o mesmo lugar que elas, mesmo que tenha chegado antes ao local. Se descumprir alguma das exigências estabelecidas, a Justiça poderá decretar a prisão preventiva do influenciador para que responda preso pelos crimes.

‘Coach do Campari’

Thiago tem milhares de seguidores na web e lucra gravando vídeos com “conselhos” para homens. Ele possui uma conta no Instagram chamada “Manual Red Pill Brasil”, que tem mais de 330 mil fãs, a maioria homens.

O influenciador viralizou neste ano nas redes sociais por relatar em um vídeo como recusou tomar cerveja com uma mulher porque já estava bebendo Campari.

Após o episódio, ele ficou conhecido como “Coach do Campari” e “Calvo do Campari”.

No vídeo, ele afirma que a oferta seria uma espécie de “teste” das mulheres para ver o quanto ele se manteria autêntico e original.

Por causa da repercussão negativa, a Campari divulgou nota à imprensa informando que não tem relação com o influenciador.

Confira a nota completa divulgada pela defesa do influenciador:

“Como todos sabemos, á audiência já está marcada para o dia 09 de novembro, insta frisar que, o processo tramita em uma Vara comum, sendo que na verdade, ao nosso ver, deveria tramitar no Juizado Especial Criminal – JECrim.

Oportuno ressaltar que ‘tanto a defesa de Thiago, quanto o réu, deixam claro que são totalmente contra qualquer tipo de violência, seja ela contra a mulher ou contra qualquer outra pessoa’ sendo muito importante frisar que o réu tem o direito de se defender, mas neste caso, não precisa provar nada, pois nenhuma imputação direcionada ao réu se presume provada, já que o inquérito é uma peça meramente informativa, sendo o trabalho da acusação transformar esses elementos do inquérito em elementos de convicção do Juízo, a defesa está confiante na inocência de seu cliente.

Sendo este o posicionamento da defesa de senhor Thiago, composta pelos advogados Dr. Ricardo Marinho, Guilherme Wiltshire e Otoniel Leite da Marinho & Wiltshire Sociedade de Advogados.”

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)