As Centrais Sindicais brasileiras (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB) emitiram nota nesta segunda-feira (01) defendendo o valor mínimo de R$ 600 para o novo auxílio emergencial, que deve ser aprovado na Câmara dos Deputados. O comunicado também defende as medidas restritivas tomadas por governadores e prefeitos para conter o avanço da pandemia de coronavírus no país.
O texto condena Bolsonaro e sua “estratégia que conduz o país para as mais de 250 mil mortes, ao agravamento da crise sanitária, à insegurança social e a uma gravíssima crise econômica”, que seriam, no entendimento das centrais, “inúmeras práticas que caracterizam responsabilidade e crimes no exercício do cargo”.
Na noite desta segunda, Antonio Neto, presidente da CSB, falou em nome das centrais e denunciou o que tem chamado de “PEC da extorsão”. “Esse governo é genocida, incompetente, quer se aproveitar desse momento de dificuldades dos trabalhadores brasileiros e desvincular investimentos constitucionais em saúde e educação, chantageando e extorquindo para conceder o novo auxílio emergencial”, afirmou Neto, reiterando a reivindicação do valor mínimo de R$ 600 para o novo auxílio emergencial. O governo defende o valor de R$ 250.
Nota das Centrais Sindicais
“As Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB – apoiam as iniciativas dos governadores e prefeitos que têm atuado com as medidas necessárias para garantir o imediato isolamento social e, dessa forma, bloquear a propagação da Covid19 e evitar o esgotamento do sistema de saúde.
Consideramos fundamental que os governantes articulem e coordenem essas medidas, inclusive atuando, conforme autorizou o STF, na implantação do plano de vacinação e no fortalecimento do SUS.
Consideramos que a vacinação deve ser acelerada para garantir a imunização de toda a população ainda neste semestre. Os custos econômicos do isolamento e da vacinação serão compensados com a segurança das pessoas, evitarão mortes e serão os melhores investimentos para uma retomada da atividade econômica com segurança sanitária e previsibilidade.
Continuamos afirmando que é necessário esclarecer a população para a urgência do isolamento – “Fique em Casa” -, sobre o uso correto de máscaras e dos protocolos de proteção. Exigimos que o Congresso Nacional aprove imediatamente a retomada do Auxílio Emergencial no valor de R$ 600,00 enquanto durar a pandemia e das medidas de proteção dos salários e dos empregos.
Denunciamos, mais uma vez, a intencional descoordenação das políticas públicas de vacinação e de proteção sanitária e econômica adotada pelo governo do Presidente Bolsonaro, estratégia que conduz o país para as mais de 250 mil mortes, que não param de crescer, ao agravamento da crise sanitária, à insegurança social e a uma gravíssima crise econômica, inúmeras práticas que caracterizam responsabilidade e crimes no exercício do cargo.”