Protesto contra juros altos – As centrais sindicais e movimentos populares iniciam nesta sexta-feira (16) mais uma jornada de luta contra os juros altos.
A campanha pede a redução da taxa básica de juros (Selic), que desde agosto do ano passado está em 13,75%, e a saída do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Em São Paulo, o início oficial da jornada será marcado por uma manifestação de rua em São Bernardo. Já no dia 20, terça-feira, mais atos serão realizados em todos os estados onde o Banco Central tiver sede.
Na capital paulista, o ato do dia 20 começa às 10 horas da manhã, em frente ao prédio do BC na Avenida Paulista. Neste dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reunirá para decidir qual será a taxa Selic nos próximos meses.
‘Jacaré da PLR’: sindicato promove ato contra Stefanini; entenda
A inflação acumulada dos últimos 12 meses, segundo o IPCA, é de 3,94%, enquanto a de 2022 foi de 5,78%. Com a Selic em 13,75%, o Brasil é o país com a maior taxa real de juros do mundo, de quase 10% ao ano.
A inflação brasileira está abaixo da registrada nos Estados Unidos e países europeus que, mesmo com o avanço da inflação, ainda operam com a taxa real de juros próxima do zero. O Copom, porém, utiliza a necessidade de controlar a inflação como justificativa para manter a Selic no patamar atual.
Em seguida, no dia 22, o grupo pretende entregar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido de impeachment de Campos Neto. Pela Constituição, são os senadores que têm o poder de retirar do cargo o presidente do Banco Central independente.
Participam da jornada as centrais CSB, CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, Pública e Intersindical, além das frente Povo Sem Medo e Brasil Popular.
(Foto: Reprodução)