O governo da Argentina está em fase avançada de discussões com a China para construção da quarta usina nuclear em seu território. Nesta terça-feira (6), uma reunião virtual entre representantes dos dois países definiu novos detalhes do projeto.
O objetivo do governo argentino é fazer uso de tecnologia chinesa para colocar em prática um vínculo bilateral mais amplo, que contemple outras áreas de cooperação (em especial sobre o uso da energia nuclear em setores como medicina e na indústria).
O embaixador da Argentina na China, Sabino Vaca Narvaja, destacou que seu país já conta com uma plataforma nuclear bem desenvolvida, por conta das três usinas instaladas. “Temos uma base científica única na região. Com a quarta usina ampliaremos nossa soberania energética. Isso nos colocará na vanguarda de um setor com desenvolvimento histórico em nosso país”, afirmou.
Pelo projeto que vem sendo desenvolvidos entre os dos países, a quarta usina ficará uma vida útil de 60 anos e contará com componentes de segurança absorvidos após o acidente de Fukushima, no Japão.
O financiamento do projeto estará a cargo de um consórcio de bancos chineses. Está previsto um crédito de cerca de US$ 7,9 bilhões (equivalente a 85% do valor total do reator). Prevê-se que a construção levará entre oito e 12 anos para ser concluída. O governo argentino estima que serão criados cerca de sete mil empregos durante a obra.
Fonte: Página 12