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China divulga mapa com território ampliado e gera protestos de vizinhos

China divulga mapa com território ampliado – A China divulgou um novo mapa com traçado mais amplo das fronteiras nacionais – incorporando áreas em disputa -, fato que aumentou a tensão na região e gerou protestos de vizinhos do gigante asiático.

Países como Índia, Filipinas, Malásia e Vietnã disseram que o documento não tem fundamento e acusaram o governo chinês de adotar uma postura expansionista. O governo de Taiwan seguiu a mesma linha crítica.

O novo mapa chinês inclui o mar do Sul da China, região estratégica cuja soberania é disputada por vários países.

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O Ministério das Relações Exteriores do Vietnã disse que as reivindicações chinesas não têm valor e violam as leis internacionais. Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Pham Thu Hang acusou Pequim de usar a força contra barcos de pesca vietnamitas que navegam no mar do Sul da China.

A Índia protestou contra a incorporação em território chinês do estado indiano de Arunachal Pradesh, localizado no noroeste do país, mas contestado pela China, que o considera parte da região autônoma do Tibete. A crítica também envolve a região de Aksai-Chin, situado na Caxemira e que é disputada por Índia e Paquistão, tendo uma pequena parte administrada pela China.

“No passado, a China já havia publicado mapas que reivindicam territórios que não são da China, que pertencem a outros países. Este é um hábito antigo deles”, afirmou o ministro das Relações Exteriores indiano, Subrahmanyam Jaishankar.

O novo mapa chinês também incorpora a ilha de Taiwan. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores taiwanês, Jeff Liu, disse que a ilha “absolutamente não faz parte da República Popular da China”.

“Não importa o quanto o a China distorça a posição sobre Taiwan, eles não podem mudar o fato da existência do nosso país”.

O governo de Xi Jinping aumentou as pressões militar e política sobre Taiwan, prometendo retomar a ilha à força se necessário. O ápice das tensões aconteceu em agosto de 2022, quando a então presidente da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, fez a primeira visita de uma alta autoridade americana em 25 anos a Taipé. Em resposta, as forças chinesas simularam um “cerco total” à ilha.

Indagado sobre o motivo das mudanças no tracejado, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, frisou que o posicionamento de Pequim sobre seus territórios sempre foi “inequívoco”.

“A posição da China sobre a questão do mar do Sul da China sempre foi clara. As autoridades competentes atualizam e divulgam regularmente vários tipos de mapas padrão todos os anos”, disse ele.

A tensão no mar do Sul da China aumentou no início do mês após a Guarda Costeira chinesa usar canhões de água contra navios filipinos que escoltavam embarcações com suprimentos para suas tropas mobilizadas no banco de areia Ayungin, ou Second Thomas, como também é chamado.

Ninguém ficou ferido, mas um dos dois barcos filipinos que transportavam suprimentos não conseguiu completar sua missão. O episódio minou os esforços para fortalecer a confiança entre Manila e Pequim.

Os elos entre as nações ficaram tensos sob a gestão do atual presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., que voltou sua atenção para seu aliado tradicional, os Estados Unidos.

(Com informações de Folha de S. Paulo e Reuters)
(Foto: Reprodução)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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