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Ciro abre o jogo sobre desavença com Lula: “não tem coragem de olhar no meu olho”

Ciro abre o jogo sobre desavença com Lula – Faltando pouco mais de quatro meses para as eleições presidenciais de outubro, o clima segue tenso na relação entre Lula e Ciro Gomes.

Cientistas políticos têm indicado, com base nas últimas pesquisas eleitorais, que a base de eleitores de Ciro será decisiva para o resultado destas eleições.

Os dois políticos, no entanto, seguem em firme rompimento, não escondendo críticas quando questionados em entrevista.

Nesta terça-feira (31/05), diante dos questionamentos nas redes sociais sobre a intensificação dos ataques a Lula, Ciro Gomes abriu o jogo sobre as principais razões para a desavença entre os dois, em seu perfil no twitter:

“Ele não tem coragem de olhar em meu olho” – afirmou o pré-candidato do PDT sobre Lula, e explicou: “porque ele sabe quem ajudou na hora difícil”.

O passado de aliança pesaria positivamente até hoje na relação entre os dois, mas os novos aliados de Lula, por outro lado, parecem fazer Ciro se afastar:

“Eu sei que o novo amigo de infância deles é o Geddel, o Eunício, essa turma aí”

 

Mas, o maior problema entre os dois, no entanto, não seria esse, segundo Ciro. A divergência maior estaria na visão de Lula sobre economia – a mesma de Bolsonaro. E que essa política econômica teria levado o Brasil ao colapso econômico:

Mas, para Ciro, a estratégia tanto de Lula quanto de Bolsonaro é desviar o assunto para outros temas: de um lado comunismo, de outro fascismo. 

 

Ainda nessa terça-feira (30), buscando escapar das limitações que o Twitter impõe, Ciro postou um corte de sua entrevista na rádio CBN de Campinas (menos de 2 minutos), em que deu maiores detalhes sobre o motivo para seus ataques:

“Eu não ataco ninguém pelo prazer de atacar, não. Eu ataco os problemas, eu identifico os autores dos problemas. Por quê? Porque eu quero resolver os problemas. Se a gente não entender as causas dos problemas, a autoria dos problemas, o Brasil não tem solução”

“Sei que a tarefa não é simples, não é fácil, mas é necessário que o Brasil rompa essa polarização que nos divide. E é só cada uma das pessoas pensarem: se cada um desse cidadão se eleger, o Lula e o Bolsonaro, o país vai amanhecer mais ou menos radicalizado? O país vai ter oportunidade de discutir um novo projeto, as causas da tragédia econômica? É a primeira década em cento e vinte anos que o Brasil não cresce nada. Nós estamos destruindo as indústrias, destruindo o comércio brasileiro. Seis milhões de empresas estão no Serasa na antessala da falência e é para isso que a política tem que encontrar solução. 

E é nisso que eu estou me confiando de que amanhã, quando de fato o debate acontecer, e as pessoas tiverem oportunidade de ver quem representa o que, que a gente possa construir um caminho de reconciliação do Brasil ao redor de um Projeto Nacional de Desenvolvimento que apresente propostas concretas de um novo projeto para o país” completou o presidenciável

Foto: divulgação/Ricardo Stuckert

reportagem por Victor Ferrer

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Por Redação

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