Ciro Gomes faz alerta – Sob ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, para prestar depoimento presencial na sede da Polícia Federal em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou um recurso para adiar o compromisso, o que também foi negado pelo ministro da Suprema Corte brasileira.
Mesmo tendo o recurso negado mais de um hora antes do horário prevista para o depoimento, marcado para as 14h, Bolsonaro não compareceu e descumpriu a ordem judicial do STF.
Para o presidenciável Ciro Gomes (PDT), isso é um claro indício de uma nova crise entre Bolsonaro e os outros poderes do Brasil.
“A nação deve acompanhar com o máximo de atenção o desenrolar da nova crise institucional criada por Bolsonaro que decidiu confrontar, de forma irresponsável e autoritária, uma decisão do STF”, escreveu Ciro após a rejeição do recurso aplicado pelo presidente.” – Ciro Gomes (PDT)
A nação deve acompanhar com o máximo de atenção o desenrolar da nova crise institucional criada por Bolsonaro que decidiu confrontar, de forma irresponsável e autoritária, uma decisão do STF.
— Ciro Gomes (@cirogomes) January 28, 2022
Segundo o pedetista, Bolsonaro deseja inviabilizar o “curso normal das eleições, já que ele se sente antecipadamente derrotado”.
“É mais um capítulo na escalada de gerar conflitos e impasses que tumultuem – ou tentem inviabilizar – o curso normal das eleições, já que ele se sente antecipadamente derrotado.” – Ciro Gomes (PDT)
Ciro também alertou que “um presidente que comete crimes – inclusive de responsabilidade – em sequência, sem punição, se sentirá cada vez mais poderoso”.
Desnecessário dizer que um presidente que comete crimes – inclusive de responsabilidade – em sequência, sem punição, se sentirá cada vez mais poderoso, mesmo que esta sensação se baseie em mero delírio psicótico de poder” – Ciro Gomes (PDT)
Ausência de Bolsonaro
O presidente é investigado por ter divulgado em suas redes sociais, em agosto do ano passado, documentos sobre uma tentativa de invasão aos sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O objetivo de Bolsonaro, à época, era questionar a segurança das urnas eletrônicas.
Em novembro, Moraes havia dado prazo de 60 dias para que o presidente escolhesse dia, hora e local do depoimento. Como o prazo venceu ontem e ele não deu resposta, Moraes determinou que a oitiva ocorresse hoje, na sede da PF em Brasília.
O advogado-geral da União, Bruno Bianco, esteve na sede na PF na hora marcada para o depoimento. Bolsonaro, enquanto isso, permanecia no Palácio do Planalto.
Divulgada ontem à noite, a agenda de Bolsonaro não previa o depoimento. Segundo o cronograma, o presidente tem encontro marcado no Palácio da Alvorada às 15h, com o subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência, Pedro Cesar Sousa.
Por Thiago Manga (Com informações de UOL)
Leia o texto publicado por Ciro Gomes em suas redes sociais:
“A nação deve acompanhar com o máximo de atenção o desenrolar da nova crise institucional criada por Bolsonaro que decidiu confrontar, de forma irresponsável e autoritária, uma decisão do STF.
É mais um capítulo na escalada de gerar conflitos e impasses que tumultuem – ou tentem inviabilizar – o curso normal das eleições, já que ele se sente antecipadamente derrotado.
O Congresso Nacional, Forças Armadas, sociedade civil e comunidade internacional devem se colocar em grau permanente de alerta. Mesmo que este episódio seja superado, outros surgirão, pois é isto que Bolsonaro tem feito, com pausas meramente táticas, desde o ano passado.
Desnecessário dizer que um presidente que comete crimes – inclusive de responsabilidade – em sequência, sem punição, se sentirá cada vez mais poderoso, mesmo que esta sensação se baseie em mero delírio psicótico de poder.”
De tarde, a fuga de Moro
Pré-candidato à presidência, Sergio Moro (Podemos) desmarcou uma entrevista à Rádio Nazaré FM, da Bahia, nesta sexta-feira (28), ao saber que o adversário Ciro Gomes (PDT) também participaria do programa.
A atração intitulada Meio dia com você anunciou, nas redes sociais, a entrevista com os dois postulantes ao Palácio do Planalto. Não haveria um debate, mas participações separadas ao longo do programa.
Mesmo assim, segundo a emissora, “a assessoria do pré-candidato dr. Sérgio Moro preferiu marcar outra data, para não ficarem confusas as informações de cada plataforma de governo”. A participação de Ciro Gomes foi mantida e ocorreu na hora final do programa.
Segundo a assessoria do PDT, Ciro concedia entrevista a um jornal impresso no momento em que Moro deveria participar do programa de rádio – ou seja, reforça a equipe pedetista, não havia qualquer possibilidade de encontro entre os adversários.
A assessoria de imprensa de Sergio Moro disse à Carta Capital que “a rádio não nos informou sobre a presença do outro candidato” e enviou uma imagem para divulgação em que Ciro não aparecia. “Dada a má fé do veículo, cancelamos a entrevista”, completa equipe do pré-candidato.
Com informações de Carta Capital.
Moro recebeu R$ 200 mil por parecer contra a Vale, diz jornal
O ex-juiz e ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL)recebeu cerca de R$ 200 mil por um parecer de 54 páginas que emitiu em novembro de 2020 em resposta a uma consulta do empresário israelense Beny Steinmetz, pivô de um litígio internacional bilionário com a Vale.
O trabalho, cuja conclusão foi contrária aos interesses da mineradora brasileira e favorável aos do israelense, veio a público dias após o ex-juiz federal encerrar a quarentena de seis meses que cumpriu devido à sua participação no governo Jair Bolsonaro, como ministro da Justiça.
Menos de um mês depois da emissão desse parecer, a empresa de consultoria Alvarez & Marsal, administradora judicial do processo de recuperação do Grupo Odebrecht, anunciou a contratação do ex-ministro como sócio-diretor para atuar na área de disputas e investigações.
Moro vem sendo pressionado a divulgar quanto recebeu da Alvarez & Marsal, já que a firma foi nomeada para administrar a recuperação judicial de empreiteiras alvos da Lava Jato, a operação que tem no ex-juiz federal o seu maior símbolo.
Leia a matéria completa aqui.
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