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Política

Ciro Gomes na CSB: “30 anos de neoliberalismo produziram esse Brasil trágico”

Ciro Gomes na CSB – O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) disse nesta sexta-feira (23), ao abrir o 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que “30 anos de neoliberalismo produziram esse Brasil trágico”. O 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros conta com o apoio do Brasil Independente.

“Esse modelo econômico adotado desde 1999 produziu que 1% dos brasileiros possuam 50% do PIB. 5 pessoas tem o mesmo que 100 milhões mais pobres” – Ciro Gomes

O pedetista apontou para o tripé econômico como modelo ‘falido’ e defendeu que o Brasil adote um novo modelo econômico.

Bolsonaro

Ciro não mediu palavras ao criticar o atual presidente Jair Bolsonaro, mas lembrou que o problema não nasceu no atual governo. “Bolsonaro é uma excrecência moral e política, um genocida que tem piorado muito esses números todos. Mas essa crise não foi só ele que construiu. Não é acidente de percurso”, disse.

Sobre as constantes ameaças ao processo democrático no país, Ciro foi enfático:

“Daremos àqueles que tentarem golpear a democracia o mesmo destino que tiveram os que tentaram matar o povo italiano, por exemplo. Não aceitaremos qualquer tentativa de golpe contra as instituições democráticas brasileiras” – Ciro Gomes

Assista:

Trabalhadores

Ciro Gomes argumentou que não basta proteger e defender os direitos dos trabalhadores, mas que “é preciso preparar o trabalhador para entender o que está acontecendo com o Brasil e com o mundo”.

“Preparar o trabalhador para compreender as doenças e ameaças e compreender os caminhos da luta que são cada vez mais sofisticados. Só uma classe trabalhadora bem informada será capaz de se proteger do avanço da perversidade do neoliberalismo mofado e corrompido que acontece no Brasil” – Ciro Gomes

Neoliberalismo

O líder trabalhista fez duras críticas ao modelo econômico neoliberal, que segundo Ciro, “ainda pode fazer muito mal a muitas famílias brasileiras”.

“Essa perversão ideológica que nos foi vendida como ciência boa: precisamos que o trabalho, maior virtude do ser humano, seja devolvida a ele a nobreza, a ética com que todas as sociedades evoluídas aprenderam a fazer. No Brasil, o trabalho foi aviltado, desmoralizado” – Ciro Gomes

Ciro defendeu as organizações de trabalhadores e denunciou o processo de criminalização das lideranças, que dispararam nos últimos anos no Brasil.

“As lideranças trabalhistas e sindicais têm sido perseguidas. Esse é o sentido imoral dessa ideologia que produziu no Brasil a pior distribuição de renda entre todas as economias organizadas do mundo”, afirmou.

A CSB representa mais de 5 milhões de trabalhadores e tem 900 sindicatos filiados, além de três federações. Por causa da pandemia, todos os eventos serão online e transmitidos pelo YouTube e pelas redes sociais da entidade.

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Assista o 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros na íntegra:

 

Veja a programação do evento ocorrido nesta sexta-feira (23):

14h: Projeto Nacional de Desenvolvimento

Ciro Gomes, vice-presidente do PDT, e Antonio Neto, presidente da CSB

15h: Os caminhos para geração de emprego

Nelson Marconi, economista (FGV), Clemente Ganz, ex-diretor do Dieese, e Uallace Moreira, professor de economia (UFBA)

Moderação: Paulo Oliveira, secretário de Organização e Mobilização da CSB

16h: A revogação da destruição neoliberal

Eduardo Moreira, economista e criador do movimento “Somos 70%”, Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, e José Silvestre, coordenador do Dieese

Mediação: Alvaro Egea, secretário-geral da CSB

17h: O Governo Biden e as lições para o Brasil

José Luis Oreiro, professor de economia (UnB), Elias Jabbour, professor da pós-graduação em ciências econômicas e relações internacionais (Uerj), e Pedro Costa Jr., cientista político e professor de relações internacionais (Facamp)

Mediação: Sérgio Arnoud, vice-presidente da CSB

18h: O caminho para o Desenvolvimento Sustentável

Gilberto Natalini, ex-vereador de São Paulo (PV), Barbara Panseri, mestre em administração pública (FGV), e Rogerio Studart, economista, ex-diretor do BID e do Banco Mundial e pesquisador do WRI (World Resources Institute)

Mediação: Cezar Amin Pasqualin, secretário dos Profissionais Liberais da CSB

19h: Brasil Soberano – O papel das empresas públicas no desenvolvimento nacional

Roberto Requião, ex-governador do Paraná (MDB), Lea Vidigal, professora de direito econômico (Mackenzie), Alessandro Octaviani, professor da USP e coautor do livro “Estatais” e Rodrigo Salgado, professor de direito econômico (Mackenzie)

Mediação: Antonio Neto, presidente da CSB

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Por Redação

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