Ciro Gomes promete recriar Ministério da Indústria – O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) defendeu nesta quarta-feira (29) que a política industrial e de comércio exterior precisam estar no centro do projeto de desenvolvimento do país.
O ex-ministro se comprometeu a recriar o Ministério de Indústria e Comércio, que no governo de Jair Bolsonaro (PL) foi realocado para o Ministério da Economia.
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Em debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o pedetista também argumentou que apenas com uso de capital próprio o Brasil conseguirá impulsionar o seu crescimento econômico e social.
“Jamais prosperou um país que tenha alimentado a ilusão de basear o seu financiamento no capital dos outros. O capital que financia desenvolvimento é o capital que se produz em casa. O nível de formação bruta de capital no Brasil é criticamente baixo historicamente e está indo agora para os seus menores valores”, argumentou.
Estado enxuto, mas poderoso
O ex-governador chamou de “intoxicação ideológica” a crença que investimentos vindos do exterior para colocar o Brasil novamente nos trilhos do desenvolvimento
“É vã e derivada de intoxicação ideológica acreditar que a poupança estrangeira vai nos socorrer a partir de um manual do bom moço que a mitologia neoliberal nos ofereceu”.
Ciro Gomes ponderou que é preciso sim “enxugar o Estado”, mas também “torná-lo poderoso”.
Indústria nacional
O presidenciável defendeu a necessidade de ampliar o crédito para impulsionar o consumo que avalancaria a recuperação, mas ressaltando que a essência da geração de riqueza e de emprego qualificado está na indústria nacional.
“Sem indústria poderosa, que lidera o centro do desenvolvimento, nenhuma nação se desenvolveu”, pontuou Ciro.
O terceiro colocado nas pesquisas das eleições presidenciais citou a possibilidade de criar complexos industriais nas áreas de saúde; agronegócio; petróleo, gás e energias renováveis; e defesa.
Ciro defendeu a aprovação de uma reforma tributária que simplifique a cobrança de impostos.
Assédio na CEF
Ao ser informado sobre a troca na presidência da Caixa Econômica Federal, Ciro criticou o presidente Pedro Guimarães, acusado por funcionárias de assédio sexual.
“Uma autoridade pública que usa do seu poder para constranger sexualmente mulheres é um bandido, tinha que ser demitido e responder pela cadeia”, opinou.
(Com informações de Valor Econômico)
Foto: André Carvalho/CNI