Deputadas do PT pedem apoio a André Mendonça – A jornalista Malu Gaspar informa em sua coluna em O Globo que o ex-presidente Lula (PT) foi procurado por lideranças evangélicas do próprio partido para que não se oponha à indicação de André Mendonça para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os religiosos, diz a colunista, formaram uma força-tarefa para tentar garantir a nomeação do indicado do presidente Jair Bolsonaro à Suprema Corte.
Entre as lideranças estariam a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e a deputada federal Rejane Dias (PT-PI), esposa do governador petista do Piauí, Wellington Dias.
Além das duas, pastores e bispos que tem interlocução com o PT também pediram ao ex-presidente que ajudasse a garantir votos dos senadores do partido para Mendonça.
Lula teria respondido que não iria se envolver na ‘briga’.
Bancada, em tese, é contra
A bancada do PT tem seis senadores, cuja tendência, em princípio, é votar contra o ex-advogado-geral da União, não só por ser indicado por Jair Bolsonaro, mas também pelo fato de ele ser identificado com a defesa da Lava Jato.
Mendonça está sendo ouvido nesta quarta-feira (01) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve ter seu nome submetido ao plenário em seguida.
Ao longo dos últimos dias, alguns desses senadores disseram aos cabos eleitorais de Mendonça que, se Lula não fizesse objeção, poderiam até votar a favor do ex-ministro.
Daí a iniciativa de procurar o petista – e a comemoração entre essas lideranças pelo fato de Lula ter sinalizado que não fará nada para atrapalhar Mendonça, o que obviamente não significa necessariamente que os petistas votarão a favor dele.
Cálculo de Lula
O cálculo de Lula é simples: se não interessa ao PT ajudar o “terrivelmente evangélico” de Bolsonaro, fazer campanha contra tampouco contribuirá com a candidatura do petista à presidência da República.
Em 2018, os evangélicos foram fundamentais na eleição de Jair Bolsonaro, que com a indicação de Mendonça pretende garantir a fidelidade desse público. Para 2022, as pesquisas mostram que eles estão divididos entre Lula e Bolsonaro.
E na “guerra santa” em que se transformou o embate em torno da ida de André Mendonça para o Supremo, os evangélicos estão documentando e contabilizando cada promessa de voto, cada apoio público e cada gesto contrário.
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Deputadas do PT
Já o jornalista Igor Gadelha, de Metrópoles, afirma em sua coluna que, Benedita e Rejane vem procurando os seis senadores petistas para pedir que aprovem a indicação.
A articulação de Benedita e Rejane atende a pedido de outros integrantes Frente Parlamentar Evangélica, que recorreram às deputadas após constatarem forte resistência ao nome de Mendonça entre senadores do PT.
O discurso
Lideranças evangélicas sugeriram a Benedita e Rejane que tentassem convencer a bancada petista no Senado não só a votar, como a declarar publicamente o voto a favor do indicado de Jair Bolsonaro ao Supremo.
O argumento foi de que os petistas poderiam usar isso como um “aceno” ao eleitorado evangélico, do qual o partido se afastou nos últimos anos e tenta se reaproximar em busca de apoio à candidatura de Lula em 2022.
Alcolumbre
Davi Alcolumbre (DEM-AP) tem ‘pago caro’ por se colocar contra a indicação de Mendonça ao STF.
Eleito por um estado que tem 40% de evangélicos, ele vem enfrentando ataques e boicotes de pastores como Silas Malafaia nas redes sociais por se recusar a marcar a sabatina.
Nos bastidores, não só Malafaia, mas vários pastores e bispos, tem dito que, se depender deles, o senador não se reelege para o cargo nas eleições de 2022.
Foto: Reprodução
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Antonio Neto: “Reforma trabalhista foi tragédia anunciada”
“As alterações em mais de cem itens da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, foram um ataque sem precedentes aos trabalhadores brasileiros.
Quatro anos após a aprovação da nefasta proposta, o Supremo Tribunal Federal segue julgando suas inúmeras inconstitucionalidades. Duas das alterações mais cruéis já foram derrubadas pelo STF: a permissão para a mulher grávida trabalhar em local insalubre e os empecilhos para o acesso à Justiça gratuita.
O Supremo ainda se manifestará sobre temas importantes, como o teto indenizatório em ações trabalhistas, o trabalho intermitente, o tal acordado sobre legislado e o fim da ultratividade, entre outros temas.”
Leia a matéria completa aqui.
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