Desemprego cai – O mercado de trabalho brasileiro registrou o patamar mais baixo de desemprego em quase uma década. Divulgada nesta terça-feira (31), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostra que o Brasil bateu o recorde histórico de trabalhadores ocupados.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país encerrou o trimestre terminado em setembro com taxa de desemprego em 7,7% – patamar mais baixo registrado desde 2015.
Em números absolutos, o desemprego atingia 8,3 milhões de brasileiros, cerca de 1,1 milhão a menos que o registrado em setembro do ano passado, o que significa uma queda de 12,1% no período de um ano.
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“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explica a coordenadora do IBGE, Adriana Beringuy.
A pesquisadora frisa que o grande destaque do levantamento é o aumento do trabalho formal no país. Quase 1 milhão (929 mil) de empregos foram criados nos últimos três meses, sendo mais da metade (587 mil) com carteira de trabalho assinada.
O mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais no trimestre. “Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal. Não que a informalidade tenha caído. Chegamos a 39 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, o que é um contingente significativo ”, destaca Adriana.
A taxa de informalidade chegou a 39,1%, ficando estável na comparação trimestral.
Rendimento tem ganho real
O rendimento médio real no país foi estimado em R$ 2.982 em setembro e de acordo com o IBGE, houve ganho real para o trabalhador brasileiro – considerando os efeitos da inflação no período.
Na comparação anual, o aumento no rendimento médio foi de R$ 120, valores que correspondem a uma alta de 4,2% no ano.
“Entre as atividades, houve expansão significativa do rendimento dos trabalhadores da indústria e da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, aponta a pesquisadora do IBGE.
Com o aumento do rendimento médio, a massa de rendimentos no país, estimada em R$ 293 bilhões, atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, com um aumento foi de 2,7% em relação aos três meses anteriores.
“Diante de uma expansão da população ocupada, temos como resultado o aumento da massa de rendimento real. Essa alta pode ter influência da maior participação de trabalhadores formais no mercado de trabalho, que têm, em média, rendimentos maiores”, conclui a pesquisadora.
(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)