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Dia Internacional da Mulher Negra é celebrado nesta terça

Dia Internacional da Mulher Negra – No dia de hoje, 25 de julho, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma ocasião importante para refletir sobre a representatividade política desse segmento da população.

Dados indicam que a vulnerabilidade enfrentada pelas mulheres negras é ainda maior do que a dos homens negros. Essa disparidade torna-se evidente ao analisar os números das Eleições de 2022.

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Em São Paulo, por exemplo, dos 70 deputados federais eleitos, apenas 8 eram autodeclarados pretos ou pardos, sendo cinco homens e apenas três mulheres. Já na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), dos 94 deputados estaduais eleitos, somente seis eram mulheres pretas ou pardas, enquanto 12 eram homens.

A diferença entre o número de candidaturas femininas e masculinas negras também é notável. Apesar de as mulheres constituírem a maioria da população, houve uma maior quantidade de homens pretos ou pardos que se candidataram para deputado federal ou estadual em 2022. Para a Câmara dos Deputados, 60,1% das candidaturas negras eram masculinas, enquanto na Alesp, esse percentual subiu para 65%.

Comparativo da representação da mulher negra no congresso / Imagem: TRE/SP

Contudo, é importante ressaltar que nos últimos anos, houve pequenos avanços no sentido de equilibrar essa disparidade de gênero e representação política. O número de mulheres eleitas tem crescido, bem como a quantidade de candidaturas femininas, impulsionadas por mudanças legislativas recentes, como a EC nº 111/2021.

Essa emenda determina que até 2030, os votos dados a candidatas mulheres ou candidatos negros sejam contados em dobro para a distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

A Heroína de nossa história

Neste contexto de baixa representatividade, a história de Antonieta de Barros merece destaque neste Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Antonieta, nascida em 1901, filha de uma ex-escravizada, foi pioneira ao ser eleita deputada estadual em Santa Catarina em 1934, tornando-se a primeira mulher negra a alcançar esse feito no país.

Sua atuação política estava fortemente direcionada para a educação, área que sempre defendeu. Como jornalista e escritora, ela também expressou suas ideias e contribuiu para a sociedade ao fundar e dirigir jornais em Florianópolis.

Uma de suas grandes conquistas foi a autoria da lei que estabeleceu o Dia do Professor em 15 de outubro em Santa Catarina, posteriormente transformado em feriado escolar em todo o país.

O legado de Antonieta de Barros foi reconhecido em janeiro deste ano, quando sua trajetória foi inscrita no livro “Heróis e Heroínas da Pátria”, que fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. Nesse livro estão também gravados os nomes de outras personalidades fundamentais para a história do país, como Zumbi dos Palmares, Tiradentes e Getúlio Vargas.

(Foto:Montagem/Reprodução)
(Com informações de TRE-SP)

Por Redação

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