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Eduardo Cunha terá que devolver 6 carros de luxo, decide novo juiz da Lava Jato; entenda

Lava-Jato: Eduardo Cunha terá que devolver 6 carros de luxo – O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi notificado a devolver à Justiça seis carros de luxo que foram confiscados anos atrás, no âmbito da Operação Lava Jato.  

De acordo com a nova decisão do juiz Eduardo Appio, que agora está à frente da força-tarefa, Cunha terá cinco dias úteis para apresentar os veículos.  

A frota inclui dois Porsche Cayenne, um Ford Fusion, um Ford Edge, um Hyundai Tucson e um Passat Variant Turbo, todos registrados em nome da empresa “Jesus.com”.  A Lava Jato concluiu que os carros foram comprados com propina. 

“Revogo, por conseguinte, o respeitável despacho judicial deste Juízo Federal (nos autos de pedido de prisão preventiva de Eduardo Cunha 5052211-66.2016.4.04.7000 – decisão do evento 03 do então juiz federal Sérgio Moro), o qual havia autorizado que o acusado Eduardo Cunha (e seus familiares) ficassem na posse dos veículos de luxo”, escreveu Appio. 

Vale ressaltar que esses bens já estavam bloqueados desde outubro de 2016, por ordem do ex-juiz Sergio Moro. Naquela época, os veículos não poderiam ser vendidos ou transferidos, mas permaneceram sob posse da família Cunha, que atuou como depositária.  

Em outubro de 2016, quando Eduardo Cunha foi preso preventivamente, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a apreensão dos carros do então deputado cassado, que somavam mais de R$ 1 milhão, incluindo dois carros da marca Porsche, avaliados em mais de R$ 300 mil cada.  

Os procuradores justificaram que a apreensão dos veículos era necessária, pois esses bens poderiam ser “produtos de crime”. Entretanto, o juiz Sérgio Moro apenas determinou o bloqueio judicial dos carros, mantendo-os sob posse da família. 

Cassação de Eduardo Cunha 

Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, foi cassado em 2016 por quebra de decoro parlamentar, após ter sido acusado de ter mentido sobre a existência de contas bancárias no exterior durante depoimento à CPI da Petrobras.  

A votação contou com 450 votos favoráveis e 10 contrários à cassação de seu mandato, em um processo que durou quase um ano, iniciado em novembro de 2015 e finalizado em setembro de 2016. 

Cunha ficou conhecido por ser um forte opositor da então presidente Dilma Rousseff (PT), tendo aberto o processo de impeachment contra ela em 2015, que culminou na queda da petista no ano seguinte. Porém, o ex-deputado enfrentou desentendimentos internos e falta de boa interlocução com o Palácio do Planalto à época. 

Após a cassação, Cunha foi preso em regime fechado por quatro anos, entre 2016 e 2020, e posteriormente passou a cumprir prisão domiciliar, que foi revogada em 2021 pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).  

Desde então, seus direitos políticos foram retomados e ele se candidatou novamente, desta vez em São Paulo, para não concorrer contra a sua filha no Rio de Janeiro. 

Eduardo Cunha deixou o MDB em 2022, após 19 anos na legenda, e se filiou ao PTB, mas não obteve êxito em sua candidatura, tendo recebido apenas 5 mil votos e não se elegido para uma vaga na Câmara Federal. 

(com informações de: Metropoles)

Por Redação

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