Elon Musk deixa cargo no Twitter – Seis meses depois de comprar e assumir o comando do Twitter, o empresário Elon Musk anunciou que deixará o cargo de CEO da empresa nesta quinta-feira (11).
A novidade não para por aí: Musk também anunciou que será substituído por uma mulher no cargo de CEO do Twitter.
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“Estou animado para anunciar que contratei um novo CEO para o X/Twitter. Ela vai começar em 6 semanas”, escreveu o empresário.
O empresário citou a plataforma como “X/Twitter” por conta da nova empresa que ele criou a partir da fusão da rede social, a X Corp.
Saída anunciada por enquete
A decisão de deixar o cargo de CEO é resultado de uma enquete que o próprio Musk criou no fim do ano passado.
O empresário abriu a pesquisa em meio a críticas por ter suspendido contas de jornalistas e de outras personalidades.
Musk assumiu o controle da plataforma alegando que defenderia liberdade de expressão acima de tudo, mas alegou risco para sua segurança ao suspender um perfil que rastreava seus voos em tempo real.
Após ‘perder’ a enquete, em dezembro de 2022, o bilionário anunciou que deixaria o posto de CEO da empresa assim que encontrasse alguém, nas palavras dele, “tolo o suficiente para assumir o cargo”.
“Vou renunciar ao cargo de CEO assim que encontrar alguém tolo o suficiente para aceitar o cargo! Depois, apenas comandarei as equipes de software e servidores”, escreveu na rede social.
Enquete Trump
Essa não foi a primeira vez que Elon Musk usou uma enquete para tomar uma decisão importante sobre o Twitter.
Foi através do mesmo instrumento que Musk restaurou o perfil do ex-presidente Donald Trump, banido em 2021 por desobedecer às regras da plataforma, quando incitou a invasão de apoiadores ao Congresso americano.
Uma enquete também foi feita para tomar a decisão de reativar as contas dos jornalistas que haviam sido suspensas por decisão sua.
Demissões e Twitter Blue
Desde que Musk comprou o Twitter – em outubro de 2022, por US$ 44 bilhões -, houve uma série de mudanças polêmicas na rede social.
Entre elas, a demissão de cerca de 80% da equipe, para cortar custos.
O empresário também acabou com o antigo sistema de verificação, que distribuía selos azuis a perfis notáveis de celebridades, políticos, atletas e jornalistas, sem cobrar pagamento.
Agora, o novo selo azul só é dado a quem paga por ele, aderindo a um plano pago, o Twitter Blue, que custa cerca de R$ 42 ao mês.
A expectativa do empresário era de que as demissões e o novo plano pago do Twitter garantissem sustentabilidade financeira à empresa, que sofre com prejuízos há anos.
Em entrevista à BBC, Musk afirmou que a empresa iria à falência se não cortasse os custos.
Memes e embates
A gestão também ficou marcada por embates de Musk com jornalistas.
Em março deste ano, o e-mail de assessoria de imprensa da rede social passou a responder automaticamente todas as mensagens com um emoji que simboliza fezes humanas.
A medida foi anunciada por Elon Musk em sua conta pessoal do Twitter, sem nenhuma explicação do motivo.
O perfil pessoal do bilionário também foi usado para discutir com ex-funcionários e ironizar com memes as críticas ao seu comando.
O novo posicionamento da empresa, menos exigente com a moderação de conteúdo, também gerou atritos com o governo federal brasileiro.
No mês passado, em meio a uma série de ataques a escolas brasileiras, os representantes da empresa causaram espanto no governo pela recusa em cercear perfis que homenageavam autores de massacres.
(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)