Empresário bolsonarista é preso – Lucimário Benedito Camargo, conhecido como Mário Furacão, foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (03), em Rio Verde, Goiás.
O empresário bolsonarista é alvo da quarta fase da Operação Lesa Pátria, que tem o objetivo de identificar participantes, financiadores ou apoiadores os atos terroristas que levaram à depredação dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
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Mário Furacão gravou um vídeo durante a invasão do Palácio do Planalto. Nele, aparece segurando uma bandeira do Brasil, já dentro do prédio.
“O povo brasileiro subindo a rampa, entrando no Palácio cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, esses covardes”
“O povo não vai deixar ladrão governar o país, nem narcotraficante e nem muito menos comunista”, diz o bolsonarista em outro trecho.
Líder de lojistas
Mário Furacão era presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde (GO). A entidade afirma que Furacão decidiu, em dezembro do ano passado, que iria renunciar ao cargo.
Sabendo da participação do empresário nos atos golpistas, em Brasília, a entidade publicou uma nota de repúdio. O novo presidente da CDL de Rio Verde, Carlos Alberto Caxeta, assumiu o cargo nessa quinta-feira (02). Ele era o vice-presidente da entidade.
Em seu perfil, que é público, Mário compartilhava com frequência conteúdos contestando o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Nas redes sociais, Mário divulgou que é teólogo, já foi executivo de vendas e, atualmente, é empresário na empresa Furacão Produtos.
A defesa do empresário informou que a prisão dele “mostra-se totalmente desnecessária, uma vez que nosso cliente sempre esteve disposto a colaborar com a Justiça”.
Ressaltou ainda que Lucimário “jamais compactuou com qualquer ato de violência e estava em Brasília no dia 08/01 para uma manifestação pacífica, não tendo qualquer relação com os vândalos que atentaram contra os prédios dos três poderes”.
Operação da PF
A PF cumpriu outros 14 mandados de busca e apreensão em seis estados.
A operação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os mandados foram cumpridos nos estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso, além do Distrito Federal.
A PF afirma que os fatos investigados na operação, em tese, constituem os crimes de:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
- destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)