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Euro tem maior queda em 2 anos; petróleo bate recorde e bolsas caem

Euro tem maior queda em 2 anos – O Globo – As Bolsas na Europa caem e o barril de petróleo renovou sua máxima em mais de uma década nesta quinta-feira (03).

Os investidores seguem repercutindo a escalada de conflito entre Rússia e Ucrânia e as novas sanções impostas pelos Estados Unidos no setor de refino de petróleo russo.

Pelo lado das moedas, o euro bateu a maior baixa de 21 meses, nesta quinta-feira, por preocupações de que a invasão da Ucrânia pela Rússia prejudique o crescimento europeu.

A divisa ficou em US$ 1,1097 na sessão da Ásia, apenas um pouco acima de sua mínima de US$ 1,1058 durante a noite, a menor desde maio de 2020.

A moeda caiu 1,5% na semana até agora e está caminhando para uma quarta perda semanal consecutiva em relação ao dólar americano.

Por volta de 09h30, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres cedia 0,76% e a de Frankfurt, 0,82%. A Bolsa de Paris caía 0,10%.

Na Ásia, as bolsas fecharam com direções contrárias. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, subiu 0,70%. Em Hong Kong, houve alta de 0,55% e, na China, baixa de 0,09%.

Petróleo renova recordes

No mercado de commodities, o destaque vai para a nova alta dos preços do petróleo, com os contratos do óleo leve americano (WTI) renovando as suas máximas em mais de uma década.

O contrato para maio do petróleo tipo Brent, referência internacional, subia 2,02%, negociado a US$ 115,21, o barril, após bater os US$ 119,84 por barril, o nível mais alto desde 2012.

Já o contrato do tipo WTI para abril avançava 2,19%, cotado a US$ 113,02, o barril. O WTI chegou a atingir uma alta de US$ 116,57, patamar mais alto desde 2008.

Os ganhos seguiram uma nova rodada de sanções dos EUA que visam o setor de refino de petróleo da Rússia, levantando preocupações de que as exportações russas de petróleo e gás possam ser o próximo alvo do cerco econômico que vem sendo imposto pelos países ocidentais.

Estagflação

Com a nova baixa, o euro, agora, cai nove sessões consecutivas para uma baixa de quatro anos, de A$ 1,5218 em relação ao dólar australiano.

“No nível corporativo, há uma rede de relacionamentos complexos entre a União Europeia e as empresas russas, particularmente no setor de energia. Os preços da energia subiram, assim como os de muitos produtos agrícolas. A guerra na Ucrânia, portanto, sugere uma inflação mais longa e o potencial de crescimento econômico mais lento”, destacou a estrategista sênior de câmbiodo Rabobank, Jane Foley.

A inflação na zona do euro atingiu um recorde de 5,8% no mês passado, superando as expectativas e provocando alertas de autoridades sobre estagflação (aumento da taxa de desemprego combinado com a contínua alta de preços).

A libra esterlina foi puxada para baixo com o euro, desde a invasão da Rússia, embora tenha conseguido um salto da baixa de quarta-feira de US$ 1,3275 para ser negociada a US$ 1,341 na Ásia.

Refúgios como o iene e o franco suíço foram apoiados, embora tenham caído durante a noite com a força do dólar e moedas mais risco. O iene foi negociado pela última vez a 115,67 por dólar. O índice do dólar americano ficou em 97,502.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na quarta-feira que o banco central começaria “cuidadosamente” a aumentar as taxas de juros este mês, mas estava pronto para agir de forma mais agressiva, se necessário.

Já o rublo estava um pouco mais firme, em 98 por dólar, no comércio interbancário fora da Rússia.

Enquanto isso, as moedas do Leste Europeu foram derrotadas, com o forint húngaro atingindo mínimas recordes no dólar e no euro durante a noite e o zloty polonês caindo para um mínimo de duas décadas.

O dólar da Nova Zelândia manteve-se perto do topo de uma semana, na quarta-feira, em US$ 0,6779. O Bitcoin caiu para cerca de US$ 43.500, já que um salto no início da semana perdeu força.

Foto: Reprodução

Por Redação

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