Eurodeputado exalta Ciro Gomes – O eurodeputado português Francisco Guerreiro publicou uma crônica no fim de junho, em Portugal, onde declara que caso fosse brasileiro, votaria no pré-candidato á presidência Ciro Gomes (PDT) nas eleições do fim ano.
“Assim, e analisando todos os candidatos, tal como o seu papel ao longo dos anos, é inequívoco que, se fosse brasileiro, votaria em Ciro Gomes.”, diz trecho da crônica.
Na última semana, o membro do Parlamento Europeu provocou o presidente Jair Bolsonaro (PL), o desafiando a debater com o ex-ministro do PDT.
“Bem só tenho a dizer OBRIGADO. Agora caro Presidente vá lá debater com o Ciro Gomes, por favor?”, provocou nesta quarta-feira (13).
Além disso, Francisco Guerreiro também é defensor de que haja, no Brasil, um debate ao vivo com todos os candidatos á presidência, o que vem sendo negado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).
“Em presidenciais não há candidatos de 1a ou de 2a. Todos estão em pé de igualdade perante os seus cidadãos. E para estes decidirem que melhor rumo o Brasil deve tomar tem que haver debate presidencial com todos os candidatos.”, defendeu.
“Votaria em Ciro Gomes”
No fim do mês passado, o parlamentar português publicou uma crônica no site Nova Gente, de Portugal, como o título “Se fosse brasileiro, votaria em Ciro Gomes”.
Além de demonstrar alinhamento ao projeto defendido por Ciro, o eurodeputado fez crítica à mídia brasileira e aos ‘dois candidatos do sistema’, em referência a Bolsonaro e a Lula.
“Aproximam-se as eleições presidenciais brasileiras (2 de outubro) e pouco ouvimos falar dos candidatos, e mesmo quando existe alguma menção nos meios de comunicação, esta cinge-se aos candidatos do sistema. Falo do ex-presidente Lula da Silva e do incumbente Jair Bolsonaro”, escreveu o membro do Parlamento Europeu.
Quem é
Português, Francisco Guerreiro tem 36 anos e exerce atualmente mandato como eurodeputado independente.
O parlamentar integra o Grupo Parlamentar dos Verdes/Aliança Livre Europeia.
Em 2019, foi eleito para o Parlamento Europeu pelo PAN (Partido Pessoas-Animais-Natureza), sigla do qual se desvinculou em junho de 2020.
Leia a crônica de Francisco Guerreiro, na íntegra, abaixo:
“Aproximam-se as eleições presidenciais brasileiras (2 de outubro) e pouco ouvimos falar dos candidatos, e mesmo quando existe alguma menção nos meios de comunicação, esta cinge-se aos candidatos do sistema.
Falo do ex-presidente Lula da Silva e do incumbente Jair Bolsonaro.
Porém, para Portugal e para a maior comunidade imigrante no país, com cerca de 211 mil, é fundamental falarmos de Ciro Gomes. Ciro nasceu no interior de São Paulo (1957) e formou-se em Direito (1979).
Desde cedo que exerce cargos políticos, tendo já sido deputado estadual no Ceará (1982/reeleito em 1986), prefeito de Fortaleza (1988), governador do Ceará (1990), ministro da Fazenda/Finanças (1994) e candidato presidencial por três vezes (1998, 2002 e 2018).
Quem o ouve e vê online, tal como nos seus debates políticos, não pode deixar de admirar a paixão com que defende o que o Brasil pode ser e o projecto de união pós-Bolsonaro.
Um projecto baseado no desenvolvimento da ciência, da tecnologia, fomentado pela aposta na educação, no reforço do Estado Social, no combate à corrupção e na protecção dos ecossistemas.
Uma presidência que emana da sua carreira política de ficha limpa e que propõe ir além da polarização que tanto beneficia Lula e Bolsonaro, e profundamente divide o país.
Aliás, ele tem sido defensor de debates entre os candidatos nos canais televisivos e rádios, para que os cidadãos possam melhor informar-se antes de votar.
Porém, e curiosamente, neste primeiro turno das eleições, tanto Lula como Bolsonaro recusam-se a debater com Ciro.
Assim, e analisando todos os candidatos, tal como o seu papel ao longo dos anos, é inequívoco que, se fosse brasileiro, votaria em Ciro Gomes.
Este candidato é o único que não alinha nas velhas alianças de poder, já feitas por Lula e Bolsonaro, e que tem um plano concreto para tirar o Brasil da actual crise económica, social e ambiental.”