Ex-ministro do GSI prevaricou – Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Gonçalves Dias pode ser enquadrado pelo crime de prevaricação por não avisar as autoridades que estava no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, durante os atos golpistas.
A informação é da jornalista Thaís Oyama em sua coluna no site UOL.
Após o vazamento de imagens que mostram o general dentro do palácio durante a invasão, Gonçalves Dias se reuniu com o presidente Lula (PT) e pediu demissão do cargo.
Segundo Oyama, investigadores envolvidos na investigação da Polícia Federal sobre os atos dizem que o general Gonçalves Dias tinha a obrigação de ter procurado as autoridades policiais para dizer que estava no Palácio do Planalto no momento da invasão.
O general poderia ter ajudado a Polícia Federal a não só reconhecer os invasores, como também ajudar na individualização da conduta.
“O general, caso tivesse cumprido o que as autoridades consideram um dever dele de ter se apresentado à Polícia Federal para dizer que estava lá, ele poderia ter dito que ‘fulano de tal estava lá tentando abrir a porta’, ‘esse senhor estava lá tentando derrubar o relógio’. Ele poderia ter contribuído para a individualização da conduta”, afirma a colunista do UOL.
As autoridades avaliam que o ato de Gonçalves Dias não foi “condenável” apenas do ponto de vista moral e ético, mas também do ponto de vista legal, já que o general poderia ter contribuído para as investigações.
O general pode acabar sendo enquadrado por prevaricação (retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício), que possui pena prevista no Código Penal de detenção de três meses a um ano.
(Foto: Montagem/Reprodução)