Furnas destrava privatização da Eletrobras – Em uma assembleia que durou apenas 32 minutos o conselho de FURNAS decidiu o futuro da maior empresa energética da América Latina nesta segunda-feira (06), após a justiça do Rio de Janeiro derrubar uma liminar que tinha poder para travar o processo de privatização da Eletrobrás. Durante a assembleia de debenturistas foi aprovado um investimento de R$ 1,5 bilhão na Madeira Energia, controladora da usina de Santo Antônio.
A assembleia havia sido suspensa por duas liminares neste final de semana, mas a AGU (Advocacia-Geral da União) conseguiu derrubá-las nesta segunda-feira.
Furnas precisava de autorização de detentores de debêntures emitida em 2019, para poder participar de um aporte de R$ 1,5 bilhão na Madeira Energia, controladora da usina de Santo Antônio. A operação garante recursos para cobrir uma derrota arbitral.
As liminares foram derrubadas, mas os processos permanecem,. No processo apresentado, os funcionários alegam que a convocação da assembleia não respeita o período de antecedência mínima de oito dias e viola o próprio acordo de acionistas, uma vez que Furnas já realizou o depósito para um primeiro aporte de R$ 681,4 milhões em 2 de junho, antes de obter aval de todos os investidores. O quórum mínimo e questões de compliance também podem acabar ajuizando a questão.
Ainda em maio deste ano o pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, denunciou a tentativa de venda da Eletrobrás em suas redes sociais:
“A privatização da Eletrobras é um CRIME! Quem foi que pediu isso, minha gente? Num país como o nosso, onde a energia é gerada principalmente pela água, essa privatização significa entregar ao capital estrangeiro o juízo de vida ou morte sobre nosso maior bem.”afirmou Ciro.
Com informações de Folha de São Paulo
Foto: Câmara dos Deputados
Leia também
“É provocação” diz Lupi sobre comitê Brizolula no Rio