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Governador do Acre é denunciado por corrupção – Nesta quinta-feira (30), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Gladson Cameli (PP), governador do Acre, por cinco crimes, entre eles, organização criminosa e corrupção. A denúncia pede que Cameli seja afastado do cargo até o fim das investigações.
O pedido de afastamento ainda será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A PGR afirma que o governador cometeu crime de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação, causando prejuízo de quase R$ 12 milhões aos cofres públicos.
Em março, a Polícia Federal (PF) já tinha bloqueado R$ 10 milhões, carros, imóveis e um avião de Gladson Cameli. Também foram denunciados a esposa e dois irmãos de Cameli, num total de 13 pessoas, entre servidores, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas”.
A PGR sustenta que Cameli seria o líder do grupo criminoso e teria recebido mais de R$ 6 milhões em propina de empresas de construção para fechar contratos fraudulentos. Algumas dessas empresas têm o irmão dele, Gledson, como sócio.
A PGR aponta que as empresas denunciadas fizeram trabalhos diferentes dos que foram contratados e superfaturaram serviços em quase R$ 3 milhões. A defesa do governador diz que pedido de afastamento é “arbitrário e absurdo”.
“Não há nenhum fato novo que justifique esse pedido de afastamento”, disse o advogado Pedro Ivo em nota enviada ao site UOL. “Não há nenhuma ilegalidade atribuível ao governador Gladson Cameli. As obras foram todas executadas e entregues ao povo do Acre, que reelegeu Gladson Cameli no primeiro turno”.
“Esse pedido de afastamento é uma afronta ao mandato conferido pelo povo do Acre”, afirma o defensor, acrescentando que Cameli confia na Justiça, convicto de que o pedido será rejeitado.
Ostentação chamou atenção
A vida de ostentação do governador ajudou a colocá-lo no centro das investigações. Gladson Cameli e família tinham itens de luxo, como uma BMW de R$ 500 mil e uma mansão em Miami estimada em US$ 4,5 milhões (quase R$ 23 milhões).
A suspeita das autoridades é que os bens foram comprados com dinheiro desviado do governo estadual.
Na época, a defesa do governador rejeitou as denúncias e disse que os gastos viriam de atividade empresarial.
Além disso, a PF suspeita que governador omita fortuna. Na eleição de 2022, Cameli declarou um patrimônio de R$ 5,1 milhões. Em 2021, a PF estimava que ele tivesse mais de R$ 21 milhões.
(Com informações de UOL)
(Foto: Diego Gurgel/Secom)