Categorias
Política

Governo zera verba de publicidade federal da Jovem Pan; entenda

Publicidade federal da Jovem Pan – Dados oficiais mostram que a Jovem Pan praticamente desapareceu da relação de emissoras e empresas escolhidas para veicular a publicidade oficial do governo federal nos seis primeiros meses do governo Lula (PT).

A emissora era alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e abrigou negacionismo científico durante a pandemia do coronavírus em sua programação.

TCU investiga Campos Neto por fala sobre ‘terceirização’ no BC; entenda

Além disso, deu voz à desqualificação – sem provas – das urnas eletrônicas e a própria defesa de um golpe de Estado.

Nos quatro anos de Bolsonaro (2019-2022), a rede de rádio e TV havia firmado contratos que somaram R$ 18,8 milhões, de acordo com informações públicas da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.

O valor colocou a JP nos anos Bolsonaro como a 12ª empresa com mais verbas de publicidade federal.

Mas em 2023, sob Lula, o único registro no sistema de divulgação de verbas federal é de R$ 2.413 para uma rádio afiliada de Manaus, para veiculação de campanha de combate à tuberculose.

Secom desconversa

Procurada, a Secom não respondeu se decidiu excluir a Jovem Pan dos planos de mídia do governo federal neste ano e disse que segue normativos e estudos técnicos apresentados pelas agências de publicidade. “Tais como: audiência, segmento, cobertura etc.”

Presidente da Jovem Pan, Roberto Alves de Araújo diz que “causa estranheza” o fato de a empresa estar sendo ignorada pelo governo na veiculação de suas campanhas.

“A escolha política de um veículo em detrimento de outro denota o completo abandono da boa administração pública em nome de ideologias”, afirma o presidente da emissora.

Araújo assumiu o posto após a emissora afastar Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, herdeiro da empresa fundada pelo avô, em 9 de janeiro. No entanto, Tutinha continua no Conselho de Administração da empresa.

A troca se deu um dia após os ataques golpistas à sede dos três Poderes em Brasília e no mesmo dia em que o Ministério Público Federal de São Paulo instaurou inquérito civil público para apurar eventuais violações de direitos e abusos da Jovem Pan “decorrentes da veiculação de conteúdos desinformativos sobre o funcionamento das instituições brasileiras” e com “potencial de incitação à violência e a atos antidemocráticos”.

A portaria que instaurou o inquérito citou especialmente os programas “Jovem Pan News”, “Jovem Pan 3 em 1”, “Morning Show”, “Pingos nos Is” e “Alexandre Garcia”.

O “Pingo nos Is”, por exemplo, se destacou na gestão passada como porta-voz acrítico de Bolsonaro, transmitindo suas lives na íntegra e estabelecendo diálogos amistosos entre seus apresentadores e o então mandatário.

(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Redação

O Brasil Independente é um veículo jornalístico que tem como valores a defesa da soberania e de um projeto nacional emancipador.

Aponte sua câmera

ou

Chave: brindependentetube@gmail.com

Assine nossa Newsletter!

Cadastre-se agora e receba nossas novidadesx

Assine nossa Newsletter!

Cadastre-se agora e receba nossas novidades

Sair da versão mobile