Greve geral contra aumento de combustíveis – Uma das principais lideranças dos caminhoneiros no país, Wanderlei Alves, o Dedeco, disse nesta quinta-feira (10) que “o Brasil tem que parar” em protesto contra o aumento dos combustíveis divulgado pela Petrobras.
A alta foi explosiva e pode mergulhar o país ainda mais na crise: 18,8% para a gasolina, 16,1% para o gás de cozinha e 24,9% para o diesel nas refinarias.
Dedeco foi também um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, que paralisou o país.
“Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar”, afirma Dedeco.
Relação com Moro azedou
Filiado ao Podemos, o caminhoneiro chegou a se engajar na pré-campanha à presidência de Sergio Moro, mas rompeu com o ex-ministro e ex-juiz após desentendimento em relação às pautas dos trabalhadores de transporte de cargas.
Nomeado “Apoio ao Sergio Moro”, o grupo tem entre seus membros figuras como o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).
Dedeco publicou uma mensagem em que reclamava que Moro participava das conversas, mas que parou de interagir após ter recebido cobranças por propostas direcionadas aos caminhoneiros.
“Estamos aqui igual a um bando de idiotas apostando nele, mas nem responder nossos questionamentos ele não responde”, escreveu, na época.
(Com informações da coluna de Mônica Bergamo em Folha de S. Paulo)
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal