Guerra escancara um Bolsonaro fraco – A avaliação de aliados de Jair Bolsonaro (PL) sobre os movimentos públicos do presidente desde a eclosão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, na quinta-feira (24), não é positiva.
De acordo com o Blog do Vicente em Correio Braziliense, a percepção geral é de que se escancarou de vez um presidente fraco, fanfarrão e preguiçoso.
O entendimento dominante é de que o momento pedia um Bolsonaro de comportamento sóbrio, conciliador e, sobretudo, ciente de seu papel de líder, mantendo intenso diálogo com chefes de Estado.
O presidente chegou a desautorizar na noite da última quinta-feira (24) o vice-presidente Hamilton Mourão por declarações a respeito da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Oportunidade perdida
Pessoa próximas ao governo viam uma oportunidade para não só ressaltar a importância do Brasil no contexto global, mas mostrar o presidente brasileiro tem trânsito entre os que detêm poder, o que mais uma vez, não ocorreu.
Os aliados lamentam que a consolidação da péssima imagem de Bolsonaro chega em um momento em que o presidente vinha melhorando seu desempenho nas pesquisas de intenção de votos.
Folga em meio ao conflito
A gota d’água para a decepção dos aliados teria sido a ida de Bolsonaro para Guarujá no Carnaval.
A visão é de que o presidente não está preocupado com um conflito armado que pode trazer consequências econômicas terríveis para o Brasil, como recessão e mais inflação.
Irrita a impressão de que em meio ao risco iminente, Bolsonaro prefere andar de lancha e posar para fotos com apoiadores.
Resta esperar pelas próximas pesquisas, que já captarão os impactos da guerra na percepção dos brasileiros.
Apoio silenciosos e posição ‘neutra’
Enquanto países do mundo inteiro registra protestos contra a a decisão da Rússia de adentrar o território ucraniano, o governo Bolsonaro criticou o envio de armas para a Ucrânia se defender.
Nesta segunda-feira (28), o presidente defendeu uma posição ‘neutra’ perante a crise global.
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasl