Israel bombardeia hospital em Gaza – Nesta terça-feira (17), um ataque aéreo das forças de Israel atingiu um hospital na cidade de Gaza e deixou 500 mortos, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.
O hospital atendia centenas de pessoas, mas também vinha servindo de abrigo para civis. O jornal “The New York Times” diz que o porta-voz do ministério citou 500 mortes.
Palestina desmente Israel e diz que Gaza não recebe um litro de água há dez dias
O bombardeio é um dos maiores já registrados em Gaza. Israel disse estar investigando o caso. O conflito entra no 11º dia nesta terça-feira (17), com 4.400 mortos — 3.000 palestinos e 1.400 israelenses, a grande maioria civis.
Estima-se que mais de 700 crianças palestinas já tenha morrido dos ataques israelenses na Faixa de Gaza.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou luto oficial de três dias nos territórios palestinos – a Faixa de Gaza e a Cisjordânia – por conta das mortes no hospital de Gaza bombardeado por Israel.
O porta-voz de Abbas chamou o ataque de um “genocídio” e uma “catástrofe humanitária”.
Por conta do ataque, o presidente da Autoridade Nacional Palestina também cancelou o encontro que teria na quarta-feira (18) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informa a agência de notícias Associated Press.
Biden viajará ao Oriente Médio na quarta e também se reunirá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele se encontraria com Abbas na Jordânia.
“Crime de guerra selvagem”
O Irã classificou o bombardeio de Israel a um hospital na Cidade de Gaza de “um crime de guerra selvagem”, segundo a agência de notícias estatal iraniana.
Os governos do Egito e do Catar também condenaram o ataque.
Uma manifestação em Ramallah, na Cisjordânia, em protesto contra o bombardeio de Israel terminou em fortes enfrentamentos com policiais.
A rede Al-Jazeera, que transmitia ao vivo imagens da praça central da cidade, mostrou o momento em que tiros foram disparados.
Israel culpa Jihad Islâmica por ataque
As Forças Armadas de Israel acusaram a Jihad Islâmica de ser a responsável pelo bombardeio que atingiu um hospital na Cidade de Gaza.
A Jihad Islâmica, outro grupo islâmico armado, também atua dentro de Gaza.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, condenou o bombardeio e disse que os Estados Unidos “têm responsabilidade pelo ataque por acobertar as agressões de Israel”.
Haniyeh, que comanda o Hamas desde 2017, vive atualmente no Catar e é um dos principais alvos do Exército israelense.
(Com informações de G1 e Agências Internacionais)
(Reprodução/Anadolu via Reuters Connect)