Pré-candidato ao governo de Pernambuco, o historiador Jones Manoel (PCB) afirmou que, ideologicamente, não existe polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), apesar de haver diferenças entre os dois. Segundo ele, o atual presidente faz uma gestão “liberal-fascista” e é “genocida, um presidente da fome, do desemprego”.
Para ele, a polarização não é verdadeira porque o petista não é de esquerda, e sim de centro. “Lula é o verdadeiro centro desse país, o centro democrático é Lula. Enquanto oposição ao bolsonarismo, estamos todos juntos, mas a gente entende que é preciso puxar o debate à esquerda”, disse em sabatina feita por Folha e UOL nesta quinta-feira (9).
O historiador acrescentou que tirar Bolsonaro não deve ser o único objetivo nessas eleições, mas dar fim também à agenda econômica que ele representa e da qual é “uma espécie de capanga” controlado pelas elites do país. “[Com] Bolsonaro derrotado, os problemas do trabalhador não acabam automaticamente”, afirmou.
Por isso, Jones Manoel revelou que seu partido terá como foco criticar as reformas trabalhistas e da previdência, assim como o teto de gastos. O PCB pretende ainda colocar em pauta a discussão sobre a reforma agrária e a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
As críticas do comunista não se restringiram ao Executivo e às elites econômicas e políticas. Ele considera que o Poder Judiciário também contribui para a redução dos direitos dos trabalhadores ao, por exemplo, chancelar medidas como o teto de gastos. “A despeito do STF ter algumas posições importantes a arroubos autoritários do bolsonarismo, nunca é demais lembrar que o Judiciário não está fora desse programa ultraneoliberal”, destacou.
Com informações de: Folha de S. Paulo
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