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Kissinger: Guerra terminará quando Ucrânia ceder território

Kissinger: Guerra terminará quando Ucrânia ceder território para a Rússia – O ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, disse nesta terça-feira (24) que a Ucrânia deveria abrir mão de parte de seu território para chegar a um acordo de paz com a Rússia e encerrar a guerra.

Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Kissinger, de 98 anos, disse que evitar negociações com a Rússia e antagonizar Moscou pode ter consequências desastrosas para a estabilidade da Europa no longo prazo.

“As negociações precisam avançar nos próximos dois meses, antes que isso crie convulsões e tensões que não serão facilmente superadas”, afirmou o experiente analista. “Idealmente, a linha divisória deveria ser um retorno ao status quo ante [o estado em que as coisas estavam antes da guerra]. Continuar a guerra além desse ponto não seria sobre a liberdade da Ucrânia, mas uma nova guerra contra a própria Rússia”, complementou.

Kissinger, que integrou os governos de Richard Nixon e Gerald Ford na década de 1970, disse que a Rússia é parte essencial da Europa há 400 anos, atuando como poder de equilíbrio em tempos críticos para o continente. Para ele, os países ocidentais devem se lembrar da importância da Rússia na Europa e não se deixar levar “pelo calor do momento”.

Moscou foi proibida de participar do fórum em Davos este ano devido à invasão da Ucrânia.

O que poderia ter evitado a guerra

Em artigo publicado no ano de 2014, no “Washington Post”, Kissinger havia sinalizado que o grau de tensões entre Rússia e Ucrânia resultaria em um conflito de proporções mais amplas.

Para Kissinger, era claro, já naquela época, que a Ucrânia deveria ser sempre uma ponte entre a Rússia e o restante da Europa. Entre outros pontos, seu artigo expunha o seguinte cenário:

1. A Ucrânia não deve ter permissão para entrar na Otan, o braço armado dos aliados europeus, mas deve ter a liberdade de associação econômica e política com quer quiser.

2. A Rússia não pode anexar a Crimeia. Ela deve ter eleições livres, com a presença de observadores. E o status da frota do mar negro, base naval Russa, deve ser claro.

Em seu texto no “Washington Post”, Kissinger disse que os russos precisavam desistir da ideia de ter a Ucrânia como um país satélite. Mas criticou a falta de habilidade de vários governos dos EUA para lidar com a situação e para convencer os russos da necessidade de uma nova atitude. Também lamentou a União Europeia por sua “lentidão burocrática”, para em seguida destacar que “o teste da política é como ela termina, não como começa”.

Reportagem por Fernando Damasceno om informações de agências internacionais

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Por Redação

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