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Lula anuncia aumento no salário mínimo e na isenção do IR; “É preciso ir além”, diz central sindical

Lula anuncia aumento no salário mínimo – O presidente Lula (PT) anunciou nesta quinta-feira (16) que o valor do salário mínimo será de R$ 1.320 e que a isenção do Imposto de Renda (IR) subirá para R$ 2.640 – o que corresponde a dois salários mínimos.

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Lula ainda disse que a faixa de isenção do IR será aumentada progressivamente.

“É um compromisso meu com o povo brasileiro, que vamos acertar com o movimento sindical, está combinado com o Ministério do Trabalho, está combinado com o ministro Haddad, que a gente vai em maio reajustar para R$ 1.320 e estabelecer uma nova regra para o salário mínimo, que a gente já tinha no meu primeiro mandato”, afirmou em entrevista à CNN.

Os valores divulgados por Lula já eram conhecidos e cogitados, mas foi a primeira vez que o mandatário afirmou de maneira assertiva que esses serão os números adotados.

“Vai começar a partir de agora, nós vamos começar a isentar a partir de R$ 2.640 e depois nós vamos gradativamente até chegar a R$ 5.000 de isenção”, acrescentou.

Central sindical comenta

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) elogiou, em nota, o anúncio de Lula, mas frisou que, no seu entender, “é preciso ir além”.

“São importantes conquistas para a classe trabalhadora após anos de constantes ataques e de arrocho salarial provocada pelo congelamento da tabela que onera milhões de trabalhadores. Apesar de reconhecermos a importância do anúncio, entendemos que é preciso ir além”, diz a nota assinada por Antonio Neto, presidente da CSB.

A central sindical lembra, no texto, que a defasagem salarial ainda é muito grande e que é preciso criar uma política permanente de valorização do salário mínimo.

A nota ainda ressalta que é necessária uma “profunda revisão da Reforma Trabalhista de 2017”.

“Com revogação imediata de itens como o fim da ultratividade, a prevalência de acordos individuais, o fim da homologação nos sindicatos, o comum acordo para suscitar dissídio coletivo e a asfixia financeira das entidades sindicais”

Leia a nota divulgada pela CSB, na íntegra, abaixo:

“A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) considera positivo o anúncio do presidente Lula em que confirma o reajuste do salário mínimo para R$ 1.320 e a atualização de 38% da tabela de imposto de renda para pessoas físicas (IRPF).

São importantes conquistas para a classe trabalhadora após anos de constantes ataques e de arrocho salarial provocada pelo congelamento da tabela que onera milhões de trabalhadores. Apesar de reconhecermos a importância do anúncio, entendemos que é preciso ir além.

A CSB defende celeridade na construção de políticas permanentes de reajuste da tabela de imposto de renda, para recuperar os mais de 140% de defasagem, e de valorização do salário mínimo, assim como uma profunda revisão da Reforma Trabalhista de 2017, com revogação imediata de itens como o fim da ultratividade, a prevalência de acordos individuais, o fim da homologação nos sindicatos, o comum acordo para suscitar dissídio coletivo e a asfixia financeira das entidades sindicais.

O caminho para a superação do governo anterior passa por políticas de emancipação e protagonismo efetivo dos trabalhadores, que somente será possível com a revogação das maldades que condenaram milhões de brasileiros à precarização e ao desemprego.”

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Por Redação

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