O nome do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB-SP), voltou a ganhar força para assumir o Ministério da Fazenda. Derrotado na disputa para governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP) era o grande cogitado para o posto nos últimos dias e chegou a se reunir com representantes do mercado, mas não teria convencido nem mesmo aliados.
Haddad foi recebido com reservas pelo empresariado, que resiste à ideia de um petista no comando da economia, e é considerado pouco hábil na articulação política até por pessoas próximas, o que teria enfraquecido sua postulação.
Alckmin passou a ser novamente considerado após as boas reações à possibilidade de nomear José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União, para o Ministério da Defesa. Ele é visto como alguém capaz de ajudar Lula a apaziguar a resistência que enfrenta em alguns setores das Forças Armadas e foi elogiado até mesmo pelo atual vice-presidente, general Hamilton Mourão.
Apesar de ter dito que Alckmin não seria ministro após nomeá-lo como coordenador da equipe de transição, Lula estaria pensando em voltar atrás de olho na estabilidade que a indicação do ex-tucano traria pela sua capacidade de ter um diálogo mais amplo com os representantes do mercado.
Neste cenário, o plano para Haddad seria colocá-lo à frente do Ministério do Planejamento, que será recriado.
De qualquer forma, a intenção do presidente eleito é não ter um “superministro” na economia como fez com Antonio Palocci em 2002. Acredita-se que o próprio Lula pretende tomar as principais decisões econômicas, assim como já concentrou o tema em torno de si durante a campanha, proibindo aliados de se pronunciar sobre o assunto.
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Informações: Poder360