Lula conversou com Pezão na última ida ao RJ – O Globo – Lula não para de conversar com gente fora da orbita da esquerda tradicional – a começar por Geraldo Alckmin, que deve ser seu companheiro de chapa na eleição, este ano.
Tem conversado várias vezes com o ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira e deve se encontrar com FH. Na última vinda ao Rio, o ex-presidente conversou com o ex-governador Luiz Fernando Pezão.
De certa forma, o petista tentar costurar o que o pessoal da ciência política chama de “arco da sociedade”, a união de forças diferentes, mas com um objetivo comum: derrotar o bolsonarismo.
Foto
A foto utilizada para ilustrar a matéria foi tirada em 2015, quando Pezão, do PMDB, era governador do RJ, eleito como sucessor de seu padrinho político, Sérgio Cabral, também do partido.
Em junho de 2016 – menos de um ano depois -, Dilma Rousseff foi derrubada do poder com apoio ativo do PMDB, que foi peça central na articulação e no processo de impichar a presidenta eleita democraticamente. O então deputado federal e presidente da Câmara Eduardo Cunha, do PMDB do mesmo Rio de Janeiro de Pezão e Cabral, aceitou um pedido de impeachment contra Dilma.
Com a derrubada do governo, o então vice-presidente Michel Temer, também do PMDB, assumiu a presidência da República, ficando até 2018 no poder.
Aliados do passado na cadeia
Em junho de 2021, o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão foi condenado a 98 anos de prisão, por corrupção. Os crimes atribuídos a Pezão dizem respeito às operações Calicute, Eficiência e Boca de Lobos, todas desdobramentos da Lava Jato no Rio.
O juiz considerou em sua sentença que Pezão, ex-vice-governador de Sérgio Cabral, deu continuidade aos crimes do padrinho político após assumir o governo do estado.
No mesmo mês em que Pezão foi condenado, Sérgio Cabral foi condenado pela vigésima vez, atingindo uma pena que ultrapassa 390 anos de prisão.
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